Foi terrível a ansiedade de não saber como estavas, o sufoco e o nó no peito mantinham se, as lágrimas continuavam a cair e a cair.
"Para de chorar, então e a esperança?!"
-Não tenhas esperança.
"Não quero ter. Estou a tentar segurar me para não cair ao fundo do poço."
- Vais lá parar mais cedo ou mais tarde.
"Não posso apaga-lo assim da minha vida"
"Ele está em todo o lado, as memórias são infinitas."
"Não quero voltar para lá se não for para estar com ele."
"Vou mandar mensagem."
-Não vais, não tens que te preocupar porque ele também não se preocupa.
"Mas ele também deve estar mal"
"Ele também não deve saber o que fazer."
Mandei mensagem.
"Tenho andado estes últimos dias a debater me se seria politicamente correto dizer alguma coisa, mas caguei, na verdade só quero saber se estás bem"
Ele respondeu.
Nessa noite não chorei, bebi, falamos e provavelmente levada pela anestesia do álcool não me toquei de que falar não significava nada.
-Vocês não vão voltar.