Reino do Fogo

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Água. Terra. Fogo. Ar

Quatro nações que viviam em paz e harmonia.

Quatro reinos que se completavam sem nenhuma interferência.

Até o senhor do fogo partir.

O senhor do fogo, Abraxas, era um homem bondoso, honrado e dócil, porque, apesar dessas qualidades fazerem ele parecer fraco, a maior força estava em cada uma delas. Ele foi o rei que mais prosperou e se dedicou a formar alianças sem violências, mas o seu filho tinha outros planos.

Lucios era um ser cheio de ganancias, objetivos, raiva e sem nenhum escrúpulo, mas a fachada de filho bom sempre funcionava. Ele tinha um ódio reprimido dentro de si, achava que os outros reinos tinham que obedecer ao fogo porque eles eram superiores, eles eram os que mais trabalhavam. Sua mãe, uma mulher amarga com a vida, alimentou os desejos e fantasias do filho, arquitetando um plano para que tudo se encaixasse.

Na véspera do aniversário do Rei Abraxas, uma faca foi-lhe presenteada bem acima do coração, e, por algum motivo, no de sua esposa também. Ambos partiram juntos, da mesma forma e na mesma cama. Todas as tribos sentiram a dor de perder um rei tão bondoso e gentil, mas também sentiram a ira e o ódio do novo herdeiro.

Aquele que deveria honrar o nome do pai e seu lugar, acabou trazendo a tona um reinado de terror e medo para seus súditos. Lucios não tinha pena dos mais pobres ou misericórdia dos mais ricos, ele queria reinar sobre as quatro nações e desejava, acima de tudo, o poder escondido do lendário Avatar.

Os Avatares eram seres extremamente raros, apareciam somente uma vez a cada cem anos só quando a presença era realmente necessária. Já existiram muitos, desde bebês até mesmo idosos, tiveram a honra de receber essa dádiva, porém o fim era sempre o mesmo para todos, a doce e fria morte, sem ao menos ter a chance de conhecer seus entes queridos. O último Avatar de que se tem notícia, foi morto pelas mãos de um dobrador de terra, os dois eram considerados uma ameaça para os reinos e tiveram de ser eliminados. O preço para ser um dominador dos quatro elementos é bem mais alto do que se pode imaginar.

Apesar de estar a anos procurando, e nunca ter achado, o que pensava ser a solução para seus problemas, Lucios não havia desistido de ter esse poder para si e quanto mais ele ficava obcecado com isso, mais o povo exigia um herdeiro, na esperança de que este tomasse o lugar do pai e trouxesse dias melhores a todos os habitantes dos reinos.

Pouco tempo depois, Lucios casou-se com a mais bela flor do jardim, aquela que nunca esqueceu-se do que é o amor e até tentou ensinar ao "espinho" o que era, mas, infelizmente, sem sucesso. Narcisa possuía o mais puro coração que aquele reino já havia visto, e com isso, a esperança do povo só se fortaleceu. Só havia um porém... o destino ainda havia de ser cruel com aquele povo.

Fruto da união entre Narcisa e Lucios, nasceu Draco. Com seus lindos cabelos loiros de anjo, os olhos acizentados feito os mares tempestuosos e sua pele branca imaculada tal qual a neve. O garoto era uma criança muito bela, podendo ser talvez a mais bela de todo o reino. Ele era alguém esperto, vivo, cheio de alegria, inocência e amor dentro de si. Às vezes as pequenas peripécia do herdeiro eram sair e roubar pães ou até mesmo se jogar no rio com os outros garotos e brincar até altas horas, afinal, que criança não gostava de uma boa bagunça?

É, nem todos gostavam de ver a diversão alheia. Lucios odiava ver o filho se divertindo, em sua cabeça não entrava de maneira alguma que ele, o futuro herdeiro, se portasse como uma criança suja igual a todas as outras. Todos os dias amaldiçoava sua esposa por ter criado o garoto daquele jeito, Narcisa, pobre mulher, queria proteger seu pequeno dragão de todas as atrocidades que seu marido fazia, desejava com todo seu ser ver seu filho feliz e longe daquela sujeito. Porém ela teve o mesmo fim trágico que seu sogro. Mais uma vez, a adaga espetada bem acima do coração daquela que traria a esperança de um mundo novo.

O pequeno Draco, já com seus dez anos, havia entendido que de agora em diante teria que lidar com tudo sozinho. Seu porto seguro havia partido para nunca mais voltar e ele não se referia somente a sua mãe, mas também as esmeraldas brilhantes pelas quais ele tinha apaixonado-se perdidamente.

E ali, diante de tudo que havia acontecido a si, nascia um herdeiro frio, tão impiedoso quanto o pai, um ser cujo o coração apenas batia no peito.

E, juntamente com o nascimento de um novo tirano, morria a esperança de dias de paz de toda uma nação.





*╼╸──◣ː𖠇ुैf✿̐ཷ𖠇ː◥──╺╾*

Então galera, essa é a minha primeira fanfic e estou completamente animada com a ideia porque fui eu mesma que desenvolvi tudo junto com as minhas amigas. Essa fanfic é baseada no desenho "Avatar: A lenda de Aang", tem completa na Nextflix e também pode ser vista em varios site.

Eu não vou contar todas as histórias de todas as tribos logo de cara, principalmente da água, que vai ser um elemento tão importante. Irei deixar todos curiosos até lá.

Para os que assistiram o desenho, vai ter elementos iguais a do tal e outras que irei mudar o conceito ou até mesmo inventar da minha cabeça, mas a minha meta é manter o ritmo parecido em relação a guerra. 

É isso pessoa, beijinhos e até logo 

O Último Dobrador - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora