Que sorte te encontrei || George Weasley

☯︎︎Cap 23☯︎︎

Finalmente acabara o ano letivo de Hogwarts. Alguns meses se passaram desde a batalha que enfrentaram contra Voldemort. Os irmãos decidiram terminar o ano, mas alguns alunos optaram por abandonar os estudos e seguirem suas vidas, como os Gêmeos Weasley, que conseguiram construir sua tão sonhada e desejada loja "Gemialidades Weasley".

Foram meses bem difícil para os, agora, 3 irmãos sem sua irmã mais nova, porém eles conseguiram se manter firmes e se fortaleceram juntos. Seu avô já os avisou que se eles quiserem, podem ir morar com ele até quando quiserem. Entretanto, Max já conseguiu um cargo no Ministério da Magia por conta de suas ótimas notas, onde lá vai conseguir dinheiro suficiente para se manter. Aidan disse que quer tentar viver uma vida em outro país e que já conseguiu uma transferência para um trabalho no Mundo Bruxo de lá, onde o mesmo disse

– É um emprego que vai me pagar muito bem, e a Cho disse que vai morar comigo.

Parecia que tudo já estava ficando tudo em seu devido lugar. Max finalizaria seus estudos e trabalharia e se sustentaria. Aidan abandonaria seu ultimo ano escolar para viver em outro país com sua namorada. Mas e Victoria? A garota pensava nisso todos os dias. Ela ainda não tinha um plano. Ainda tinham mais 2 anos escolares para ela finalizar a escola e ser maior de idade. A cacheada cogitou em morar com seu avô, mas ela ainda estava hesitante, uma vez que, morando com Dumbledore, a memória de seus pais e sua irmã não sairia de sua cabeça, e seria mais difícil superar tudo o que aconteceu. 

"Deve ser por isso que os meninos não querem ficar aqui, ainda é doloroso pra eles assim como pra é mim" Victoria pensou.

– Victoria? – Escutou uma voz longe chamando ela – Victoria? – estalaram os dedos em sua frente fazendo a cacheada sair do transe que estava.

– Oi? – perguntou ela olhando para seus irmãos a sua frente. Os três estavam reunidos no fundo da biblioteca, onde conversavam todas as noites desde a batalha. A Madame Pince deixava-os a sós quando todos já haviam ido embora, para que eles pudessem ficar sozinhos.

– O que você acha? – perguntou Max com um sorrisinho calmo no rosto.

– Achar o que? – perguntou ela, ainda perdida na conversa. Os meninos se entreolharam e riram um pouco.

– O que você acha de morar com um de nós dois? Você pode escolher! – explicou Aidan. Victoria soltou um "AAH" de compreensão e deu um sorriso envergonhado para seus irmãos mais velhos.

– Não sei não – respondeu ela.

– por que não? – perguntaram os dois em uníssono, fazendo-a olhar para eles assustada e depois eles três soltaram uma gargalhada.

– Eu daria muito trabalho – explicou ela, dando os ombros quando pararam de rir. A garota abaixou a cabeça e ficou olhando para sua mão onde tinha um anel, o anel que George lhe dera. Victoria se lembrou da carta onde sua irmã falava sobre.

– Ela não se orgulharia de nós – comentou Max quase em um sussurro, fazendo os mais novos olharem pra ele. O rapaz levantou a cabeça olhando para os irmãos – vocês sabem, NE?! – finalizou ele não querendo prolongar esse assunto. Mas os dois entenderam e assentiram com a cabeça.

Ficaram um tempo em silencio depois se entreolharam e levantaram juntos. Os irmãos abraçaram Victoria dando "Boa Noite" e cada um seguiu para sua Comunal. O que era um pouco doloroso, já que os dois iam juntos e agora ela ia sozinha para a sua.

Victoria chegou em seu quarto, fechou a porta, ligou a luz, tirou seu casaco, anel e pulseira e seguiu para o banheiro. Estava lavando o rosto quando escutou um barulho de algo caindo no seu quarto. A garota pegou a toalinha e secou rapidamente o rosto e andou silenciosamente em direção ao barulho.

Quando ela colocou o rosto para dentro do quarto, ela viu uma figura de cabelos ruivos levantando sua cadeira da escrivaninha

– George? – chamou ela. O ruivo olhou para ela assustado e deu um sorriso sem graça

– Oi meu amor! – respondeu ele colocando a cadeira no lugar – vim te fazer uma surpresa, mas não deu muito certo – finalizou ele brincalhão. Victoria tentava conter o sorriso, mas não conseguiu. Ela sorriu e "correu" para abraçar George

– Como você conseguiu entrar aqui? – perguntou ela chocada, quando se afastaram do abraço, mas com o sorriso ainda no rosto. George segurou o rosto dela com as duas mãos e a beijou. Um beijo calmo, porem cheio de saudades.
– talvez eu tenha conseguido finalmente fazer o Percy me dar uma autorização para aparatar – explicou ele depois do beijo e tirou uma carteirinha do bolso de seu casaco, mostrando para Victoria a autorização. Ela pegou o objeto e analisou-o.

– Isso é demais!! – comentou ela e entregou a carteira de volta para o ruivo que lhe roubou um selinho fazendo-a sorrir.

– agora eu posso vir te visitar todas as noites dessa última semana em Hogwarts – George tirou o casaco e pegou Victoria no colo e deitou com ela na cama, fazendo-a deitar em seu peito.

Os dois ficaram assim um bom tempo enquanto jogavam conversa fora. George ficou acariciando as costas de Victoria, enquanto ela fazia desenhos aleatórios em seu peito por cima da blusa. Continuaram assim até quando pararam de falar e só aproveitaram a companhia um do outro em silêncio

–  Você já tem planos para depois do final do ano letivo? –  perguntou o rapaz depois de um tempo, havia ansiedade em sua pergunta

–  ainda não! –  respondeu ela, sinceramente –  mas acho que vou acabar indo morar com o vovô mesmo. Já que os meninos vão seguir a vida deles... –  comentou –  eles perguntaram se eu queria morar com eles, mas eu ainda não dei uma resposta certa.

–  hum –  foi a única resposta que ela obtivera dele, porem ela sentiu o coração do ruivo ficar acelerado, por algum motivo –  mas, então, o que você acha de nós dois morarmos juntos? –  perguntou ele com a voz um pouco tremula por conta do nervosismo. Victoria levantou a cabeça para olhar George, que estava vermelho, quase da cor de seus cabelos.

–  Você está falando serio, George Weasley? –  perguntou ela ainda desacreditada do pedido.

– Claro que sim!! –  exclamou ele como se fosse obvio –  a loja está crescendo cada dia mais. Somos um fenômeno. Podemos comprar uma casa e morar juntos até você terminar os estudos e decidir em que área vai querer trabalhar. Posso muito bem bancar nós dois –  comentou ele extremamente animado – eu sei isso é quase um pedido de casamento, mas eu vou esperar você ser maior de idade pra fazer o pedido – brincou ele fazendo a cacheada lhe dar um soquinho no abdômen. –  então, isso foi um sim?

– claro que sim, George! – exclamou Victoria como se fosse a coisa mais obvia do mundo. O ruivo lhe deu o maior e mais lindo sorriso e a beijou apaixonadamente. Depois eles levantaram, Victoria colocou um pijama, apagaram a luz e foram dormir.