. problemas

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Suga estava na varanda tomando um ar, não havia conseguido passar a noite bem após o dia não tão bom que teve, sua mente estava uma bagunça e não conseguia pensar em mais nada a não ser problemas

Bebia seu chá enquanto olhava a lua naquela noite fria, ela era como si, era sozinho e mesmo que tivesse shōyo consigo, não era a mesma coisa. Queria amar, ser amado, fazer coisas de casais e ter uma família feliz, levar o pequeno Shōyo para parques junto da pessoa que amava, sentia falta de carinho

Tomou coragem e mandou mensagem para Daichi, sabia que o policial havia trabalho naquele dia também e pela cara dele quando foi buscar Tobio na escola, não havia sido boa coisa também. Se levantou indo em direção ao quarto de Shōyo, que dormia agarrado a alguma pelúcia

Era difícil, tudo era difícil sozinho, manter ele e o pequeno, ir trabalhar todos os dias como escravo daquele sistema, ver seu filho se sentir sozinho enquanto não podia fazer nada, e além de tudo ser humilhado por sua própria família

Viu o pequeno se remexer e se agarrar ainda mais nas pelúcias, deixou um beijinho na testa do filho e saiu, ouvindo a campainha tocar, o que achou muito estranho. Lembrou de Sawamura e esperançoso, foi em direção a porta e viu pelo olho mágico a imagem do mesmo ali, abriu rapidamente a porta e olhou para o outro a sua frente

— hum....surpresa? – sorriu incerto, entrou na casa de Sugawara, logo notando o clima pesado que estava ali

Sugawara tinha o rosto vermelho e inchado, acreditava que era por um choro até que recente para ainda estar assim, a ponta de seus dedos estavam amareladas de tanto apertar a própria camiseta, tentaria acalmar ele nem que fosse difícil

— por que veio aqui? Não precisava se preocupar...

— vou acreditar que você não está me expulsando da sua casa e vou ficar a vontade ... – viu suga tentar falar e apenas disse que não, que era melhor ele ficar quieto

Suga assentiu, respirando fundo e soltando a blusa, tentando se acalmar já que, não estava tão bem ainda. Juntos, subiram para o quarto do acinzentado, onde se deitaram de forma desleixada antes de qualquer coisa

— você quer conversar? – Daichi viu o outro voltar com duas taças, havia trazido vinho junto de si e ofereceu para o mesmo

— sinto que eu te atrapalharia caso o fizesse... Mas se quiser ouvir minhas lamentações, se prepara – abriram a garrafa e se serviram, suga logo bebeu uma taça inteira de uma vez, se servindo de novo

— só... Vai com calma com o vinho – Daichi avisou e deu um gole — pode começar... Vamos conversar bastante hoje...

Suga ajeitou a posição que estava ali na cama, dando mais um gole e olhando para algum canto antes de voltar o olhar para Sawamura, e logo começou:

— eu recebi uma ligação da minha mãe hoje...eu nunca disse nada mas eu e minha família nunca tivemos uma relação saudável, e tudo piorou quando eu me assumi gay e adotei o shōyo... – desviou o olhar para alguma coisa da decoração de seu quarto, deitou sua cabeça no ombro de Daichi e voltou a beber mais um pouco do líquido escuro — ela queria que eu voltasse pra casa pra sermos uma família feliz de novo... Como se tivéssemos sido algum dia, só que ela queria isso sem o shōyo

— uou... Problemático...

— poisé...como se não bastasse a professora do shōyo faltou hoje e ele teve que ficar na minha sala por que eu não tinha ninguém pra deixar ele... Ele ficou feliz quando viu o Tobio mas as outras crianças não gostaram, eu sei que não foi por mal mas, uma delas tocou no assunto dele não se parecer nem um pouco comigo pra ser meu filho, e ele ficou triste, logo tentando me defender a qualquer maneira e dizendo que eu era o melhor pai do mundo – quando percebeu já enchia a taça pela terceira vez, fungando o nariz que escorria, e lutando para as lágrimas não descerem de novo

𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐜𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞 𝐩𝐚𝐢𝐱𝐨̃𝐞𝐬 • 𝙳𝚊𝚒𝚜𝚞𝚐𝚊Onde histórias criam vida. Descubra agora