Só consegui ver uma sombra, quadrada, a minha frente, e sentir um cheiro muito forte de papelaria. Ouvi o som bater de asa dos pássaros, que ecoavam por entre as muitas árvores que estavam, árvores pálidas, com cores claras, feitas de papel, e grama, que mais parecia confete, escuro, mais escuro do que as árvores, e subitamente uma parte da grama, parecia estar querendo me levar a algum lugar cujo qual não fazia a minima ideia de onde era, que me assustava !
Segui aquele pedaço de graça, para algum lugar, que sumia dentre as muitas árvores, enquanto meu coração acelerava mais e mais. A minha direita, havia uma árvore com cores mais fortes e vivas, e de trás da arvore, sai Lena, com uma saia justa até a cima dos joelhos, feita também de papel, e uma blusa de papel, e um salto alto, com cara de secretária.
Segurei a mão de Lena, e continuei seguindo a trilha até uma vila de papel no alto de uma montanha, e a trilha se juntava com o caminho para a entrada no castelo.
Assim que chegamos a estrada de tijolos, pudemos avistar uma placa com o nome da vila, "Costor", entalhado em uma placa de madeira. Continuamos andando até entrar na vila.
Os cidadãos daquela cidade, estavam com um olhar triste, e sofriam por conta da escassez de comida e de recursos básicos. Os rostos, dos cidadãos assombravam minha mente, apareciam repentinamente e pareciam que seriam os personagens de minhas mais profundas assombrações.
Enquanto o anoitecer se aproximava, o povo se recolhia para suas casas, deixando somente a mim e Lena do lado de fora. Escuro o suficiente a ponto de não poder ver um palmo a minha frente, somente as lanternas de papel, pintadas de laranja. Quando o dia finalmente morreu, os céus ficaram vermelhos, e tudo se clareou mais, enquanto vultos passavam por entre as casas, nos meios das ruas, derrubando barris, e rasgando paredes. Uma sombra marrom tomou os céus, enquando a temperatura aumentava e aqueles vultos se aproximavam cada vez mais. Aquela criatura rasgou os céus fazendo com que chovesse sangue, molhando o papel. Eu e Lena estávamos desesperados, então corremos o mais rápido que pudemos, e quando achávamos que estava tudo bem, um lagarto gigantesco saiu do teto de uma das casas, era um animal estranho, com uma lingua excepcionalmente grande, preto, com o cérebro pra fora da cabeça, correndo e derrubando tudo em seu caminho. Lena abraçou minha cintura e foi para trás de mim, logo em seguida a temida criatura avançou para cima de Lena, ignorando minha presença. Quando me dei conta, um vulto apagou todas as luzes de papel, deixando a fera completamente desorientada, quando comecei a correr para fugir, Lena tropeçou em uma barra de ferro, e a usou para bater na cabeça do monstro, fazendo com que o mesmo desmaiasse.
Quando chegamos ao que parecia ser uma praça, com bancos ao seu redor, e uma fonte no meio. A água da fonte, virou fogo em questão de segundos, e o papel do qual era feita a fonte estava intacto, e do fogo, saiu uma figura monstruosa, com os olhos do demônio, corpo de caveira, e uma armadura de ouro, encrustada com pedras preciosas. Em sua mão direita, empunhava um escudo de rubis, e em sua mão esquerda uma espada de prata que parecia desgastada. Os vultos se aproximaram da criatura e o rodearam, fazendo uma barreira em volta dele, e quando ele retirou seu capacete, o jogando no chão, os vultos começaram a correr em círculos em volta dele, e vinham também em nossa direção, nos derrubando com força contra os bancos e as paredes das casas, até que ele veio diretamente pra nos atacar.
Quando a criatura chegou perto de Lena, uma pequena porta surgiu, e eu corri para perto de Lena e a puxei-a para perto de mim, e demos a volta em todas aquelas criaturas que rondavam o local, até chegar a porta de papel. Quando chegamos perto dela, uma força nos jogou no chão e todos os vultos vieram pra cima de mim e Lena, e só pude ouvir seus gritos e tentei chegar perto dela, para tentar cobrir o corpo de Lena, mas não consegui então a segurei pelo pulso e a puxei, e quando fiz isso, a porta se queimou, e o fogo que a queimara emanou uma luz forte o suficiente para espantar todas as criaturas e atordoar o monstro, então a porta parou de queimar, e Lena me levantou e me levou até a porta, e abriu a mesma e passamos ainda de mãos dadas.
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Doces Sonhos
ParanormalUm jovem chamado Jake, cai em um mundo de sonhos e pesadelos, um verdadeiro tormento, até que ele chegue ao final de um mundo que ele mesmo construiu. Quanto mais ele se aprofunda em seu próprio mundo, mais Jake se vê em uma terrível enrascada, até...