A MENTIRA- BEAUANY (ADAPTAÇÃO) CONCLUÍDA

CAPÍTULO 6

JOSH:

É ela... Any Soares.

Tenho certeza que estou com cara de bobo enquanto acaricio seu rosto, aproveito para ver se a algum ferimento ali também.

Ela é ainda mais linda pessoalmente, e meu coração parece que irá saltar para fora do meu peito.

Ela parece perceber o jeito vidrado que estou olhando para ela, porque suas bochechas assumiram um tom de rosa que a deixou ainda mais bonita, ela logo se desvencilhou das minhas mãos.

-Des... Desculpa senhor, eu não queria ter te atropelado você com minha bicicleta, mas um cachorrinho acabou atravessando meu caminho, quando eu fui desviar dele, acabei perdendo o equilíbrio e caindo em cima de você, aí que vergonha.

Ela começou a falar sem parar, enquanto levantava sua bicicleta que estava caída no chão.

Pego em sua mão, e a puxo com cuidado para perto de mim, e tenho que me controlar para não beijá-la aqui agora.

-Ei, se acalma, por favor, acidentes acontecem, agora relaxa e respira.

-Diga isso para minha mãe, que sempre fala que sou o desastre em pessoa, por isso não me pareço com uma mulher fina, já que vivo cheia de arranhões pelo meu corpo.

-Sua mãe está enganada, você não precisa ser como as outras para ser uma mulher fina, você só precisa ser você mesma, mas agora me deixa te levar na minha casa para cuidar desses seus machucados.

-Não tudo bem, eu vou para casa escutar mais alguns sermões da minha mãe para variar, mas depois eu cuido disso numa boa, estou acostumada a me cuidar sozinha, mas obrigado pela oferta.

-Eu faço questão de cuidar, por favor aceite minha oferta.

-Porque? A gente nem se conhece e se você for um maníaco?

-Prazer eu me chamo Josh Beauchamp, e te garanto que não sou nenhum maníaco.

-Não acredito, você é o dono da BEH?

-O próprio, mais de onde você me conhece?

Fico confuso por ela me conhecer, mas vamos ver o que ela vai me dizer a respeito disso.

-Você é capa de revistas e jornais quase a semana, mas o que eu mais gostei de ler ao seu respeito, foi sobre as caridades que você faz pelo mundo, e ano passado eu li que você havia doando uma quantidade generosa para uma ONG que cuida de animais abandonados lá em Seattle.

-Estou vendo que você leu mesmo sobre mim, então será que agora você está convencida de que não sou um maníaco?

-Agora sim, porque pessoas que de alguma forma cuida de animais tem a alma nobre senhor Beauchamp.

-Ótimo, mas me chama apenas de Josh, então além de cuidar dos seus ferimentos, será que posso te convidar para almoçar comigo?

-Pode ser outro dia, não estou vestida para ir a nenhum restaurante, além do mais ainda estou um pouco suja.

-Podemos almoçar na minha casa, eu cozinho para nós, você aceita?

-Eu aceito Josh, tenho que ver isso de perto, um empresário da sua categoria de avental em uma cozinha.

-Sou muito mais que apenas um empresário, te garanto que você vai ser surpreendida senhorita.

-Desculpa, mas nem apresentei, eu me chamo Any Gabrielly Soares, mas pode me chamar de Any.

-Prazer em te conhecer Any, vamos para o carro Any que te levo na minha casa.

-É melhor eu te seguir na minha bicicleta, afinal não tenho onde deixá-la.

-Negativo, você está com o joelho ralado, e além do mais meu carro tem um suporte de bicicletas, posso perfeitamente colocar ela lá.

Pego sua bicicleta, e a levo para atrás do carro, e a encaixo ali, quando volto Any está com um cachorrinho em seus braços, mas o que me faz rir é ver ela conversando com o peludo.

-Foi você que me fez atropelar o moço seu pestinha, mas o que você estava fazendo andando no meio da rua, hein? Você podia ter morrido rapaz, mas pelo visto você não tem dono né, eu ficaria com você, mas minha mãe e minha irmã não aceitaria você lá em casa, e minha clínica só ficará pronta na semana que vem, mas não queria te deixar na rua, o que farei?

-Leva ele para minha casa, assim eu cuido dele para você.

Falo indo para perto dela e do cachorro.

-Josh eu não quero abusar da sua bondade, e você sabe que cachorros dão um pouco de trabalho, não quero tumultuar sua vida.

-Ele não vai dar trabalho Any, e além do mais você pode ir lá em casa todos os dias para me ajudar a cuidar dele, tipo guarda compartilhada do peludo.

-Você falando assim, faz parecer que teremos um filho de pelos juntos, eu não sabia que morava agora em Nova Iorque?

-Eu não moro, mas devo ficar um bom tempo por aqui, já que tenho coisas importantes para resolver, então eu vou cuidar do cachorro para você.

-Obrigado mais uma vez Josh, vou ficar te devendo mais essa, além de ter me salvado de me quebrar inteira na rua.

-Você me paga jantando comigo essa noite, e nas próximas noites, que não vou reclamar, agora vem que vou abrir a porta do carro para que você entre.

-Você é sempre direto assim Josh?

Ela me pergunta enquanto eu abro a porta do carro para que ela possa entrar, juntamente com o cachorro.

-Na maioria das vezes sim, principalmente quando se trata de algo que eu quero.

Ela me olha com cara de surpresa, talvez por ela perceber que estava falando dela em si.

Assim que ela se ajeita dentro do carro, eu dou a volta no carro para assumir a direção do veículo, começo a dirigir para minha casa, enquanto puxo uma pouco mais de conversa com ela sobre a sua família.

-Duas vezes você mencionou sua mãe e sua irmã na conversa que estávamos tendo, vocês não combinam?

-Na verdade é o que eu penso, porque minha mãe parece que não gosta de mim, pois desde criança ela briga comigo por qualquer coisa, e tudo pioraram quando Joalin foi adotada, não tenho nada contra minha mãe gostar dela, mas parece que ela é a única filha que ela tem, e segundo ela, eu não sirvo para nada, se não fosse pelo meu pai que me dar todo o amor dele, acho que já tinha ido embora daquela casa há muito tempo.

-Sua vida naquela casa é tão ruim assim, Any?