6°cap

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-Droga!-Falo ao perceber que estou perdida.

-Isso não é bom.

Fazia uma hora que estava andando pela floresta, talvez não fosse uma boa ideia, estava muito escuro, e todas as árvores parecem iguais, eu não sabia pra onde ir.

Peguei meu celular em uma tentativa falha de ter sinal.

Talvez fosse o modo que o vento parecia susurar em meus ouvidos, ou o jeito em que a cada passo parecia que alguem me seguia, mas o medo começou a surgir.

-Emily!

Escuto alguem gritar meu nome.

-Tem alguem ai?-Pergunto.

Não obtive resposta, mas por esse motivo eu comecei a correr, não sabia pra onde, mais que fosse o mais longe possível.

Quando minhas pernas cederam e não conseguiam mais continuar eu parei, mas algo me chamou atenção, eu estava no mesmo lugar, eu nunca sai de perto, começo a gritar, mas não havia ninguém ali, ou havia.

Escuro alguém correr atrás de mim e quando olho vejo o que se parece uma garotinha, começo a caminhar para trás devagar, a garota pareceu sorrir então veio com tudo em cima de mim, a joguei para o lado e continuei a correr.

Então depois de correr horas olho para o céu, não via o sol, apenas a escuridão, e um pouco a frente havia algo que eu nunca tinha visto, um espantalho, não havia olhos, apenas uma boca costurada, carregava um marchado numa mão e uma rosa na outra.

-Emily?

Olho para trás vendo Matheus com uma cesta com potes cheios de uma substância vermelha.

-o que faz aqui?-Ele pergunta.

-Eu me perdi.

O garoto olhou para trás e depois para o espantalho.

-Precisa sair daqui.-Ele fala com medo nos olhos.

Ele pareceu gesticular algo, mas de repente apareceu um homem atrás dele, no momento em que o homem colocou a mão sobre o ombro do menino o mesmo fechou os olhos e respirou fundo.

-Emily!-O homem fala sorrindo.

Ele era alto, diria que tinha 44 anos, seus cabelos eram negros tanto quanto is olhos, o homem usava um terno azul escuro, ele também usava um anel.

-Filho porque você não mostra o caminho para a casa dela?-Ele fala sorrindo gentilmente.

Matheus colocou a cesta no chão e saiu andando, seu pai olhou pra mim e apontou o filho com o dedo, como se fosse pra mim o seguir.

-Você sabe se meter em encrenca.- Matheus fala quando nos afastavamos de seu pai.

-O que era aquela coisa que você estava segurando?-Pergunto

-Olha, não é pessoal. Não fica perto da minha família.-Ele fala- Principalmente minha irmã.-Ele diz olhando pra mim.

-Se você me explicar tudo isso eu nunca mais falo com ela, mas pra ela dizer que eu não poderia voltar pra casa significa algo.

-Somos médiuns. Vemos e ouvimos coisas que pessoas normais não vêem.

Aquele é o nosso Deus.-Ele folhando para trás.- Esse ano Nathalie tinha que escolher o sacrifício, Emily, é você e a sua família.- Ele fala.

Talvez por medo eu comecei a correr, queria ficar longe dele, por algum motivo eu cheguei em casa, cansada e assustada entrei, para tentar alertar meus pais sobre o que realmente era essa cidade.

Fenômenos ParanormaisOnde histórias criam vida. Descubra agora