Fenômenos Paranormais

2°cap

Emily on

Eu me lembro de ouvir sinos, que se mexiam de acordo com o vento, o frio, e a casa.

-Chegamos família.

Havíamos acabado de nos mudar, Mulligan uma cidadezinha na costa da Irlanda, poucos a conheciam, até no google ela era incomum, fotos todas borradas, era conhecida como a cidade fantasma.

Achávamos que seriamos felizes lá, mas essa é a razão de todo mundo se mudar, estavamos enganados.

A brisa sobrou sobre meu rosto me fazendo olhar fixamente para a casa, grande, branca, sem vida, talvez fosse o modo que o vento parecia deixar o clima tenso, como a casa era escura, ou como ela era toda de madeira e parecia fazer os passos de cada pessoa identificável, seja o que for eu não me sentia segura.

Eu tenho apenas dois irmãos, Rafael (10 anos), Agatha(8 meses), um pai(John) e uma mãe( Liz), era uma família comum, vivíamos bem nos Estados Unidos, mas tudo isso começou quando meu pai foi transferido para cá, eu não o cupava, realmente ele não poderia fazer nada, então algumas horas no avião e um carro alugado, estavamos aqui.

Mulling era uma tipica "vila", casas a 1 hora da cidade, tudo em volta eram árvores, todas iguais, como se fossem plantadas cada milimetro calculado para fazer quem entrasse ali se perdesse.

*

-Terminou de arrumar filha?-Minha mãe pergunta levando uma caixa para seu quarto.

-Mãe tem uma caixa de bonecas aqui.-Falo vendo a caixa que não me pertencia.

-Coloca no porão.-Ela diz sorrindo.

Pego a caixa no colo, desço a escada e vou até o porão, ele era escuro, cheio te caixas velhas e de coisas que pertenceram a outras pessoas.

Coloco a caixa no chão, acendo a luz, olho dentro da caixa de boneca e vejo uma que me chamou muita a atenção, diferente das outras tinha olhos castanhos, cabelo negro e escorrido, sua boca fechada, costurada.

Pego a boneca e coloco em baixo do braço, quando a luz explodiu.

-Filha o que você fez?-Meu pai pergunta.

-Nada, aconteceu sozinha.-Falo.

-Ok, vai lá pra cima que eu limpo.

Subi a escada, vou até o corredor e vejo meu irmão a falar com alguém.

-Não está velho para um amigo imaginário?-Debocho.

-E você não está velha para bonecas?-Ele me desafia.

-Enfeite.-Falo sorrindo.

-Real.-Ele fala olhando para a parede como se realmente visse algo.

-Cadê o Bob?-Pergunto do cachorro.

-No quarto do papai.-Ele diz.

-Você trancou ele?-Pergunto indo até o quarto e abrindo a porta.

-Ele não quer sair.-Meu irmão fala, quando o cachorro começa a rosnar para a parede aonde estava o suposto amigo imaginário.

*

"Dorme nenê que a cuca vem pegar, papai foi para a roça e a mamãe foi trabalhar. Sai bicho feio de cima do telhado deixa o bebê dormir sossegado."

Narração on

A casa estava apagada, cada corredor cada vez mais escuro, e em um quarto de criança o bebê dormia enquanto a mãe cantava sua canção de ninar favorita, o que ela não sabia era que uma música não era o suficiente para fazer o bicho feio sair de cima do telhado.