Amanda Knox: A vítima da mídia ou autora de um crime perfeito?

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O caso que chocou a Itália e tomou conta dos noticiários internacionais ainda é um mistério para muitos. Amanda Knox foi acusada pelo assassinato de sua colega de quarto, Meredith Kercher, e posteriormente condenada pela Justiça Italiana.

Amanda sempre afirmou ser inocente e mesmo após conseguir reverter seu julgamento e ser absolvida pelo Tribunal Italiano, ainda é alvo de especulações sobre o crime.

O CRIME

No dia 1º de novembro de 2007, em Perugia (Itália) a jovem britânica Meredith Kercher, com 21 anos de idade, foi encontrada morta em seu quarto na casa onde morava com mais três jovens (duas italianas – Filomena Romanelli e Laura Mezzetti e uma norte americana – Amanda Knox).

Quando a polícia chegou ao local do crime, Amanda Knox estava acompanhada de seu namorado, Raffaele Sollecito. Os investigadores encontraram o corpo de Meredith em cima de sua cama. A garganta continha um corte profundo e haviam sinais de agressões e violência sexual.

O cenário descrito pelos investigadores é assustador: as paredes estavam sujas de sangue e o corpo estava coberto por um edredom, ficando visível somente parte dos pés da jovem Meredith.

Em depoimento, Amanda e Raffaele afirmaram que passaram a noite do crime na casa de Raffaele e pela manhã do dia 02 de novembro Amanda foi sozinha até sua casa para tomar banho e pegar mais roupas.

Após tomar banho, Amanda se deparou com a porta do quarto de Meredith trancada, motivo pelo qual resolveu buscar seu namorado para ajudá-la a abrir a porta. Não conseguiram. Foi aí que decidiram chamar a polícia para verificarem o local.

A VÍTIMA

Meredith Susanna Cara Kercher nasceu em 28 de dezembro de 1985 em Londres (Inglaterra). Filha de John Kercher (jornalista) e Arline Kercher (dona de casa), Meredith teve uma criação modesta e sua família não possuía grandes posses.

Mudou-se para a Perugia cerca de um mês antes de seu assassinato para iniciar um intercâmbio na Universidade de Perugia, conhecida na região por acolher alunos estrangeiros.

A jovem dividia uma casa localizada na Via Della Pergola com outras três estudantes e era conhecida por seu jeito cuidadoso, inteligente e popular.

Eram comuns os desentendimentos entre Meredith e Amanda Knox em razão da desorganização do ambiente, mas nada que tornasse o convívio entre as duas insuportável ou as fizessem rivais.

À primeira vista Meredith não tinha inimigos, motivo pelo qual a polícia descartou de pronto a hipótese de vingança ou algo do tipo.

AS ACUSAÇÕES

Amanda Knox e Raffaele Sollecito eram os únicos no local do crime quando a polícia chegou. No documentário Amanda Knox, lançado em 2016, a jovem afirma que assim que o corpo foi encontrado no local a polícia pediu para ambos esperarem do lado de fora da casa.

Talvez o que tenha despertado suspeitas para o casal de namorados desde aquele momento foi o fato de ambos manterem-se relativamente calmos e trocando carícias enquanto o local do crime era periciado.  

Além disso, desde o início o promotor do caso, Giuliano Mignini (que chegou ao local do crime poucas horas após) cogitou a hipótese do crime ter sido cometido por uma mulher, pois segundo ele "Quando a assassina é uma mulher, tende a cobrir o corpo de uma vítima mulher. Isso nunca ocorreria a um homem".

Certamente os dois argumentos iniciais são bastante rasos e insuficientes para cometer uma acusação tão grave. As investigações continuaram.

Após a realização da perícia no corpo de Meredith, foi constatado que havia de fato ocorrido violência sexual contra a jovem.

𝗖𝗮𝘀𝗼𝘀 𝗰𝗿𝗶𝗺𝗶𝗻𝗮𝗶𝘀Onde histórias criam vida. Descubra agora