|Virginia Tech Killer: O maior massacre a uma escola nos EUA|

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O maior ataque a uma instituição de ensino estadunidense ocorreu em 16 de abril de 2007 no estado da Virginia, Estados Unidos, e deixou um total de 33 mortos e 15 feridos.

O crime chocou o mundo não só pela elevada quantidade de vítimas, mas também pela maneira como foi praticado. Ao que tudo indica, um jovem planejou sozinho, milimetricamente, todo o ataque e conseguiu exterminar dezenas de vidas em poucas horas.

Com mais um caso de massacre em locais públicos, os Estados Unidos enfrentaram novamente as críticas em relação às liberalidades para adquirir armamento no país.

Além disso, a da Virginia também foi censurada, pois, além de não dar prévia atenção aos distúrbios psicológicos demonstrados pelo atirador durante o curso, demorou em comunicar os alunos sobre o início dos ataques, que tiveram intervalos de aproximadamente duas horas. Muitas vidas poderiam ter sido salvas.

O MASSACRE

O massacre iniciou-se às 7:15 da manhã (horário local), quando o estudante coreano Cho Seung-Hui entrou no alojamento de estudantes West Ambler Johnston Residence Hall e fez disparos contra um homem e uma mulher. Os disparos foram feitos com uma pistola Glock 9 milímetros e outra arma calibre 22.

A polícia foi prontamente chamada e encontrou no alojamento os corpos de Emily Jane Hilscher, de 19 anos e Ryan Clark, de 22 anos.

O atirador não foi localizado e para a polícia, naquele momento ele já estaria longe do local do crime.

Cerca de duas horas depois o ataque continuou, o estudante caminhou quase 1 quilômetro dentro do campus da universidade, até chegar ao edifício de engenharia Norris Hall onde fez mais disparos. Desta vez foram 30 mortos e mais de 15 feridos em quatro salas de aula e uma escada.

A polícia foi chamada por volta das 9:45 e teve dificuldades para entrar no prédio que estava com todas as portas trancadas por correntes pelo lado de dentro.

Ao entrar no local o cenário era assustador: algumas pessoas agonizavam em meio aos corpos caídos no chão. Um deles era o do próprio atirador que após a barbárie se suicidou com um tiro na cabeça.

Segundo relato de alguns sobreviventes o atirador agiu silenciosamente e de maneira determinada. Atirava para matar e quando escutava voz de algum sobrevivente voltava atrás para cumprir com seu objetivo.

UM JOVEM SOLITÁRIO

Cho Seung-Hui, nasceu 18 de janeiro de 1984 em Seul, na Coréia do Sul e mudou-se para os Estados Unidos com sua família em busca de uma vida melhor quando tinha oito anos.

Seus pais, Kim Hyang-im e Seung-Tae Cho e sua irmã mais velha, Sun- Kyung Cho passaram a morar em Centreville (na Virgínia) e tinham uma pequena lavanderia. Levavam uma vida pacata.

O jovem Cho sempre foi reservado, tinha dificuldade em interagir com as pessoas e durante a adolescência foi diagnosticado com graves transtornos de ansiedade e de depressão. Por este motivo fez tratamentos psicológicos até o penúltimo ano do ensino médio.

Segundo a irmã mais velha, Sun- Kyung Cho, Cho era calado, mas não agressivo "Sempre fomos uma família muito unida, pacífica e carinhosa. Meu irmão era tranquilo e reservado e tentava se integrar. Nunca pensamos que seria capaz de tanta violência".

Na universidade Cho apresentou um comportamento estranho ao intimidar colegas de sala para fotografar suas pernas. Além disso, sua professora Nikki Giovanni alega que o expulsou de sua aula em razão de sua postura "ameaçadora" e das poesias escritas com elementos ofensivos e obscenos. O jovem também incendiou um dos quartos da universidade e era acusado de perseguir colegas de classe.

𝗖𝗮𝘀𝗼𝘀 𝗰𝗿𝗶𝗺𝗶𝗻𝗮𝗶𝘀Onde histórias criam vida. Descubra agora