Pedrinho Matador

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(Matéria retirada de um site e passada para cá. As informações principais do site estarão no final do capítulo.)

Pedro Rodrigues Filho ganhou notoriedade na década de 1980 quando foi condenado a quase 300 anos de prisão – alterado em 2019, o Código Penal brasileiro não permite que alguém cumpra pena privativa de liberdade por mais de 40 anos – por matar dezenas de pessoas, além de outros crimes, como roubo, de acordo com matéria do Estadão, publicada na edição do dia 26 de agosto de 1986. O texto conta com entrevista com o então detento.

"(...) Não mexo com ninguém, levo minha vida. Mas se atravessarem meu caminho, mato mesmo. Todos que matei quiseram me desafiar, me enfrentar. Quando dou meu primeiro golpe, não me controlo mais. Sou assim mesmo. Mato, mato e mato", disse à reportagem à época.

"Não tenho nenhum arrependimento. Mato e é tudo natural", afirmou. "Não temo nada. Nunca temi. Desde que fugi de casa e cai no mundo. O importante é estar preparado. Tenho uma força que me ajuda a matar. Mas esse assunto é segredo".

De acordo com o texto, Pedro fugiu de casa, em Mogi das Cruzes, aos 9 anos, e nunca mais parou. A fuga ocorreu pois não aguentava o pai, bêbado, que agredia a mãe.

Pedro costumava fazer assaltos na zona leste e na região central da capital paulistana. Neste momento, vivia em hotéis nos arredores do Parque Dom Pedro II, na Sé.

As primeiras mortes orquestradas por ele teriam ocorrido quando ele tinha apenas 11 anos. Executou o traficante Jorge Galvão, seu irmão e cunhado, com uma arma de fogo. "Não acreditaram em mim, um menino magro, que mal conseguia segurar a automática", disse ao Estadão.

Em 2004, após 31 anos na cadeia, o Estadão voltou a entrevistá-lo.

Questionado pelo repórter Fausto Macedo se teria medo do que encontraria lá fora quando solto, Pedro dizia que não.

"Eu procuro saber de tudo lá fora. E tenho família, tenho os amigos, muitos, muitos, é tudo crente, eles vão me ensinar tudo de novo".

Fora da prisão, Pedro se converteu e se tornou religioso, conforme mostra canal do YouTube chamado "Pedrinho Ex Matador com Jesus", que compartilhava vídeos do ex-detento e conta mais de 27 mil inscritos.

Em postagem do ano passado, o canal anunciava a "morte" de Pedrinho Matador. O vídeo mostrava imagens capturadas durante batismo de Pedro.

Trajetória de crimes

Pedrinho nasceu em uma fazenda, em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, e cresceu em um ambiente familiar conturbado. Aos 9 anos, fugiu de casa e foi viver na capital paulista. Aos 14, cometeu o primeiro assassinato, matando o vice-prefeito da cidade de Alfenas (MG) por ter demitido seu pai, suspeito de roubar merenda escolar. Em seguida, matou um vigia, que suspeitava ser o verdadeiro ladrão.

Após os crimes, fugiu para Mogi das Cruzes e começou a trabalhar no tráfico de drogas, iniciando também uma sequência de assassinatos. Em uma só ação, matou um traficante, seu irmão e seu cunhado. Em outra ocasião, ainda menor, invadiu armado uma festa e matou seis suspeitos de envolvimento no assassinato de sua mulher. Preso em 1973, aos 18 anos, continuou matando na prisão. Entre as vítimas, matou o pai com 22 facadas após tomar conhecimento de que ele havia assassinado sua mãe com 21 golpes de facão.

Condenado inicialmente a 126 anos de reclusão, Pedrinho teve as penas aumentadas pelos crimes cometidos na prisão, chegando a uma condenação total de quase 400 anos. Ele foi solto definitivamente em 2018. Por ironia, ele havia sido salvo da morte pelo PCC em 2000, quando estava preso na Casa de Custódia de Taubaté, unidade onde surgiu a facção.

Os presos se amotinaram e mataram nove detentos – três deles tiveram as cabeças cortadas. Pedrinho seria um dos alvos, mas sua execução foi impedida pelo então colega de prisão, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como o número 1 do PCC. O detento teria feito alguns favores para Marcola.

Fontes: CNN Brasil; Estadão BR.

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⏰ Última atualização: Nov 15, 2023 ⏰

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𝗖𝗮𝘀𝗼𝘀 𝗰𝗿𝗶𝗺𝗶𝗻𝗮𝗶𝘀Onde histórias criam vida. Descubra agora