De Sonho A Pesadelo

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Entre as várias diferenças dos sonhos e da realidade.
A mais dura e a mais cruel delas, é que a realidade pode tornar-se um verdadeiro inferno.

Era novamente de manhã e o sol batia, no rosto dos pequenos adormecidos.
A sensação de "déjà vu", passava por todos os habitantes da casa Gleeful, mas as coisas nunca se repetem da mesma forma.

Will saio da sua cama, relaxado, porém confuso, pelo que sentia. Fez a sua higiene matinal, na casa de banho do piso e então desceu para a cozinha.

Quando chegou ao local, o demónio sentiu uma leve brisa fria passar por ele, mas ignorou. Estava com fome e queria panquecas. Então decidiu começar a cozinhar, aproveitando também para fazer umas para o menino Dipper.

A receita era uma que já estava presa na sua cabeça, parecia que tinha virado um robô e estava a fazer tudo mecanizado. Will pelo menos sentia isso. Era como se não podesse pensar apenas agir e ter a mente a pensar, sem sua própria vontade.

As nuvens começavam a mostrar-se no céu, anunciando um tempo de chuva.
O som de passos frios e firmes, começava a chegar ao local, algo que tomou a atenção do demónio, aproximava-se.

Will olhou para o lado, os seus instintos gritavam para ele se mover.
Quando finalmente encarou a criatura à sua frente, ficou sem palavras.
A menina Mabel apontava para ele com uma faca, embora ela estivesse nos seus dezasseis anos, Will estava num estado semelhante a um humano.
O corpo do rapaz estremeceu e com o medo de ser atingido chegou um paço para trás.

-O... O que quer de mim senhorita?

Perguntou gago, enquanto o seu corpo tentava se manter em pé. Já a jovem, estava bem confiante, transmintindo uma aura fria.

-Will... Para quem são essas panquecas?

Perguntou de forma seca, estragulando mais o cabo da longa faca.
O rapaz, nem respondeu de medo, então uma gargalhada seca foi libertada enquanto a pequena se aproximava do rosto do demónio.

-Sabes pequeno diabrete... Eu avisei-te... E julgo que fui muito clara...

Ela começa a falar, enquanto o seu corpo se move de um lado para o outro, à volta de Will. A mesma brinca com a faca deixando Will, com cada vez mais ansiedade.

-Eu te avisei para não te aproximares do meu irmão... Se não... Ele que paga...
Tu não queres o meu irmãozinho pague pelos teus atos estúpidos pois não?

Fala irritada, parando de lado para o Cipher. Nesse instante, tudo fica quieto, mal se ouve a respiração dos dois e a atmosfera fria aumenta. Só que subitamente tudo muda. Da mão da rapariga sai um fogo azul e instantaneamente, um alto grito invade a casa.

O demónio olha chocado para as escadas, mas é surpreendido com uma faca no seu pescoço.

-Então... Acha que eu não vi o que aconteceu, no primeiro hoje?

Ela insinua com um tom irritado, começando a espetar a faca na garganta do azulado.

-Eu vi perfeitamente como tu o enfeitiçaste! Eu notei o quão olhavas para ele! O meu irmão nem sequer é alguém que se baixe para tão baixas rês! E tu ainda te atreves a mudar-lhe a mente.

Uma coisa era certa, nas palavras da menor. Nenhuma delas fazia sentido e isso notava-se no rosto confuso do demónio, que se começava a irritar.
Então, o jovem tomou alguma atitude, em movimentos rápidos, pegou a faca e a pegou virando-a contra a moça.

-Quem julgas que eu sou miúda? Eu apenas fui passar um tempo com o Mason, por própria vontade dele!

Fala irritado, mesmo sabendo que o que dizia era mentira, mas não perdia a convicção nas suas palavras.

-Quem julgas que eu sou para me atirar com uma faca para cima? Doce... Eu sou um demónio... Só por me teres tirado os poderes por pura sorte não quer dizer que eu vá morrer...

Fala frio, partindo a faca com a sua própria magia.

-Ah... E já agora... Belo triatinho sua mentirosa... Eu sei que não farias malnao Dipper... Afinal... Tu ama-lo... Não amas?

O demónio fala sem emoção, mandando a garota para o chão.

-Então se me dá licença... Eu vou acabar as minhas coisas!

Fala sério virando-se de costas, para a menina sem palavras.

Do outro lado, daquele edifício, o rapaz Gleeful, permanecia estendido na cama. A claridade do dia entrava-lhe pela janela,mas o jovem só olhava para esta, imaginando o quão maravilhiso seria ter um jardim totalmente azul. Como seria incrível possuir Will só para ele, como o seu brinquedo privado.

Então, olhando para o lado exterior da casa, levou a mão aos lábios e imaginou-se beijando o outro rapaz.

-O Will é um bom amigo...

Fala até que inocente, abanando os pés, quase como uma menina.

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SEI NADA
NEM SPOILERS
NEM NADA
APENAS SEI QUE NADA SEI
E QUE NÃO DEMOREI A PUBLICAR
👀🥤🍿

Magoa-me, Tortura-me, Ama-me - YaoiOnde histórias criam vida. Descubra agora