A Dor Dos que perdem

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Os olhos podem não chorar, porém á sempre a chance de estares perante um coração inundado em lágrimas.

Era bastante doloroso para Will ver Dipper. Ele queria abraça-lo, brincar com ele e voltar a sentir os seus lábios outra vez.
De momento até o mais pequeno "Olá" poderiam ser como facadas no pequeno demónio que se esforçava para chorar.
Ouve um grande momento de silêncio até Will se lembrar de algo para as lágrimas se desfazerem num sorriso.

O menor arrancou um pouco do seu cabelo, pegou-o mesmo delicadamente nas mãos e começou a esfregar.
Olhou para o humano e sorriu fraco.

-Queres ver algo bonito?

Dipper acenou inocente enquanto bem devagar Will abria as mãos.
Os fios do Cipher tinham-se transformado em água. Ele até podia ter perdido grande parte da magia, porém um demónio ainda é um ser mágico e pequenos troques ainda estão ao alcance de William.

Dipper bem curioso olhou para as mãos do demónio que deixou um sorriso, um verdadeiro sorriso escapar.
Calmo e gracioso começou a mover as suas mãos como se fosse um maestro e a água a sua orquestra, a qual fazia um lindo espetáculo.
O quarto era iluminado por uma luz fraca, por isso quando num movimento rápido Will fez a água se separar em gotas, parecia algo realmente bonito. A luz refletia nas gostas criando minis arcos-íris. O Glefull olhava tudo surpreso, mas estava feliz, como se fosse uma criança que viu fogos de artifício pela primeira vez na vida.

O pequeno demónio continuou por muito tempo a mostrar a magia para o humano, mas, já sabem, o que é bom não dura para sempre. A certa altura deu até mesmo para ouvir a pequena Maibel a gritar pelo seu irmão.

Claro o demónio não gostava disto, porém não podia fazer nada contra, limitou-se a dar um beijo a Dipper bem perto dos seus lábios, mas mesmo assim na bochecha. E como se nada tivesse acontecido colocou um dedo nos lábios de Mason, indicando para guardar segredo e mais depressa que tudo saiu dali.

-Aonde estavas?

Perguntava de forma rezinga a mais nova. Mason inocente deu de ombros e apenas levantou-se do chão. Foi até Mabel e passou por ela normalmente ignorando a irmã.

Na cabeça do Glefull vinha um pensamento que lhe dava alguma impressão.

"Eu já senti aquele beijo carinhoso.
Não senti?"

Deslocou-se lentamente pelos corredores e foi á cozinha beber um copo de água.

Afinal..."Quem era o menino que estava naquele quarto, que lhe parecia tão familiar?"

"Amigo?"

Mason pensava nas palavras de Will enquanto encarava um copo de água fazio. Ele pensava que se sentia igual aquele copo, fazio.

Parando para lembrar, ele não estava á procura de algo para o Tio á algum tempo?

Stanford, tio dos gémeos Glefull e seu encarregado era maluco por criaturas mágicas e se bem se lembra a favorita dele eram demónios.

Naquele momento Dipper lembrou de algo. Ouve um dia depois da morte do Tio ele foi procurar um demónio, ele procurou e procurou, já que Stan morreu sem nunca ver um e como Mason era apegado ao tio queria concretizar-lhe o desejo.

E depois de meses á procura e de pesquisa ele achou uma forma de ser teletransportado para o demónio mais próximo num raio de cem kilometros.

Claro que demorou tempo, afinal demónios não é algo que se veja todo o dia.

Mas, algo que fez até Dipper começar chorar desesperado foi... Ele não se lembra do que aconteceu depois do contrato, apenas sente uma grande dor no peito e a sensação de que falta algo na vida dele, a sensação de que estava incompleto.

E assim num canto da cozinha dos Glefull, Mason chorava, com um copo nas mãos e com uma grande tristeza.
Então, a caçula entrou naquela sala e abrasou o mais velho como se não soubesse nada.

-Vá... Acalma-te... Vai ficar tudo bem...

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Não meus amores eu não voltei depois de mais de um mês...

Kkk

Espero que tenham gostado lobeloves

Bjs e até o próximo cap

Magoa-me, Tortura-me, Ama-me - YaoiOnde histórias criam vida. Descubra agora