5 - Revelações de um passado sombrio

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Orobas e Selene sentaram-se a mesa para dar prosseguimento a conversa

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Orobas e Selene sentaram-se a mesa para dar prosseguimento a conversa. Selene queria saber mais sobre sua história, seus pais e todo o envolvimento deles nisso tudo. A partir dai, seria um caminho sem retorno.

— Então, por onde começo... — Não era uma pergunta. Orobas estava achando um meio de iniciar as revelações sem confundir Selene ou afastá-la de sua responsabilidade.

— Comece pelos meus pais. Por que foram embora? Por qual razão me fizeram acreditar que estivessem mortos? — Selene demonstrava irritabilidade. Estava brava consigo mesma e inconformada com essa mentira. Ama seus pais acima de tudo, e em troca, recebe anos de ausência e segredos mortais. Sua revolta tinha um motivo.

— Seus pais não eram apenas médiuns como eu disse. Eram estudiosos das artes ocultas e aprendizes de uma Sacerdotisa. Foi com ela que eles aprenderam a controlar seus dons e de utilizar esse benefício em favor das pessoas. Um dia, porém, a Sacerdotisa foi assassinada no antigo Templo da Chama Azul, por uma Ordem rival. Seus pais então tomaram a decisão de arriscar a vida em troca dos segredos que o Templo protegia. Segredos como história da humanidade, livros apócrifos, grimórios de magia e tudo o que imaginar. Eles sacrificaram tudo e pegaram esse material, escondendo aqui.

— Aqui? Aqui onde?

— Na sua casa. — Para Orobas era óbvio. Já para Selene era impossível.

— Impossível, eu vivo nessa casa a 25 anos. Saberia se tivesse qualquer material suspeito.

Orobas levantou-se impaciente com a incredulidade de Selene e perguntou:

— Onde fica o escritório de seu pai?

— Eu te mostro. — Selene o guiou pelos cômodos de sua casa até uma porta dupla de madeira envernizada. Ele entrou e começou a vasculhar as paredes, procurando alguma coisa.

— Não tem nenhuma entrada secreta, tá bom? — Selene riu achando graça mas recebeu de volta um olhar frio. Ela engoliu em seco como um nó em sua garganta e ficou séria imediatamente.

Orobas abriu gavetas de cada armário e começou a vasculhar os documentos das pastas. Ele soltou um riso baixinho e colocou sobre a mesa uns documentos amarelados.

— Nada suspeito, não é? — disse se gabando de sua descoberta.

— O que encontrou?

— Um dos apócrifos da Chama Azul.

— Isso? — Ela franziu a testa em ironia. Discordando em sua cabeça que aqueles papéis se tratavam de algum segredo poderoso ou algo relacionado a história que ouviu. — São apenas rabiscos. Já tentei ler isso várias vezes.

— Não são só rabiscos, Selene. É uma mensagem espelhada, deixada aqui de propósito para você.

Selene continuou em discordância, negando qualquer envolvimento seu com essa fantasia contada por ele.

Feitiço Sombrio (Escrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora