DESAFIO (parte 3)

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Fermax
(prima)

No meu canto as rimas são poéticas
Meu martelo é bem decassilábico
Eu não sou descendente de arábico
Mas meus versos só faço com estéticas
Me concentro no estudo das cinéticas
Pois na química, sou capacitado
Deixo todo universo eletrizado
Cada som, cada passo, com cadência
Tudo feito com base na ciência
É de dez, meu martelo agalopado

Maria
(réplica)

Se encantam com o meu canto genérico
Meu martelo é sucesso automático
Pois a minha aventura é no fantástico
A verdade é meu espaço quimérico
Sou quadrada pra esse mundo esférico
Pois viver no redondo é antiquado
Meu poema é reverso e ampliado
Verso e prosa se esmeram com a vivência
Pois eu nada entendo da ciência
É de dez, meu martelo agalopado

Fermax
(tréplica)

Registrei os meus feitos numa crônica
Pedra em chamas joguei com um elástico
Todo o efeito do voo foi bombástico
Com a base teórica da eletrônica
A explosão superou a bomba atômica
"Oppenheimer" ficou desanimado
Quando viu seu projeto ultrapassado
E sua história ficar em decadência
Comprovei minha tese na ciência
Com um martelo de dez agalopado

Maria
(quadrúplica)

Foi nas páginas de "Érico Veríssimo"
E num campo verdoso a colher lírios
Que meus versos brotaram em delírios
Transformando nesse canto belíssimo
Sou agora um astro digníssimo
Meu trabalho é Prime e bem versado
Meu estilo é eleito e liberado
É a fonte que nutre a minha essência
Reafirmo não gostar da ciência
Me apraz um martelo agalopado

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