Fermax
(prima)
Decidi viajar e fui a França
Peguei voo nas asas de um trovão
Com meu laço amarrei um furacão
Segurei um tufão e fiz lambança
Na corrida você não me alcança
Porque para escapar eu sou alado
No meu mundo sou muito respeitado
Se intimidam com medo de um flagelo
Quando ouvem o tinido do martelo
Porque canto martelo agalopado
Maria
(réplica)
Eu também viajei e fui avante
Num relâmpago rumei ao Polo Norte
Onde o frio maltrata e leva a morte
Nessa minha aventura inebriante
Me asseguro feliz e confiante
Trago meu peito cheio, abarrotado
Encharcando meus versos e inspirado
Expandindo meu coração singelo
Ecoando o meu grito num martelo
Pois só canto martelo agalopado
Fermax
(tréplica)
Nesse embalo você não me acompanha
Pois eu sou verdadeiro e bem discreto
Nunca vai entender meu dialeto
Porque voo acima da montanha
Na corrida, também você não ganha
Se tentar, vai ficar logo cansado
Cada passo se sente um derrotado
Não é páreo pra mim nesse duelo
Sinta só no meu toque do martelo
Pois só faço martelo agalopado
Maria
(quadrúplica)
Instantâneo e preciso é meu embalo
Muito rápido, tal qual o pensamento
Atravesso veloz o firmamento
Num zunido, num clique, num estalo
A montanha estremece quando eu falo
Ao redor tudo fica depredado
A floresta se torna um destampado
Toda rocha transforma-se em farelo
Esmagada num golpe de martelo
Porque canto martelo agalopado
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MARTELADAS
PoesiaEssa obra tem como objetivo mostrar aos leitores, mais uma parte esquecida da poesia. Todos os capítulos que fazem parte desse livro, são frutos da autoria e parceria da dupla Fermax e Maria. Portanto, alertamos sobre o risco de cópias e publicações...
