O Hacker

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Tony

O dia estava nublado em Nova York hoje, eu sobrevoava o Central Park ao mesmo tempo que Friday passava os meus e-mail no meu monitor, nada de importante, apenas assuntos triviais.

Acabei voltando a torre retirando a armadura.

— É sempre um prazer sobrevoar com você Tony.

— Alguma novidade sobre o nosso hacker de Sokovia?

Ainda não.

Revirei os olhos em frustração. Desde o que aconteceu a Sokovia tenho procurado pelo hacker que nos ajudou. A princípio achei que fosse apenas Jarvis, mas não, alguém o colocou lá propositalmente.

Precisava saber se tínhamos um inimigo ou um aliado. Fazer o que ele fez não era trabalho para qualquer um, sinceramente fazer melhor só se fosse eu.

— Tony. — Pepper chamou minha atenção. — Recebeu o convite do baile beneficente?

— Aquele que eu neguei umas 10 vezes?

— Esse mesmo. — Pepper se aproximou dando um riso nasal. — Sabe que precisa ir não é?

— Preciso? — Coloquei as mãos em sua cintura me aproximando um pouco mais.

— O baile é seu.

— Mas a ideia foi sua.

— Quer que eu vá sem você?

Parei por um segundo lembrando de como ela estava no último baile...

— Vou preparar meu smoking. — Respondi recebendo um doce beijo em meus lábios.

— Tony. — Bruce entrou na sala.

— Morar aqui é dar adeus a privacidade! — Me afastei um pouco da Pepper.

— Você que me chamou. — O moreno arrumou um pouco mais sua postura impecável.

— Algum problema? — Pepper nos olhou com o cenho franzido.

— Nenhum. — Sorrindo depositei um beijo em sua testa. — Me acompanhe Banner.

Ambos seguimos até minha oficina. Eu precisava dividir o que eu sabia com mais alguém, e sentia que a única pessoa a quem eu podia recorrer neste momento seria alguém que também falasse a mesma língua que eu nessa torre.

— O que tem tanta urgência que você esconda da Pepper?

— Lembra do que aconteceu com os mísseis quando o ultron tentou decodificar os códigos? — Perguntei caminhando pela oficina.

— Lembro. Jarvis o impediu.

— Foi o que pensei! — Com uma chave de fenda apontei para ele. — Mas antes dele havia alguém e esse mesmo alguém o achou e colocou ali.

— Quem? — Bruce me olhou Tao confuso quanto eu, mas eu apenas consegui dar de ombros.

— Lembra também quando os robôs do Ultron simplesmente desligaram? Acredito que tenha sido a mesma pessoa.

— Está me dizendo que alguém alterava os dados que protegiam os mísseis, colocou o Jarvis lá e ainda invadiu os robôs os desligando? Isso é loucura Tony. — Agora Bruce parecia tão assustado quanto eu.

— Pode apostar meu amigo, estamos atrás de um gênio e precisamos saber se temos um aliado ou inimigo. Quem garante que ele não invada coisas como o pentágono ou até mesmo os mísseis novamente? Estou atrás dos rastros dele a meses, mas todos são rastros falsos que levam a becos sem saída.

— Então ele realmente não quer ser encontrado.

— Mas até os mais espertos deixam brechas! — O lancei um meio sorriso.

Tony, tive resultado no projeto que me pediu.

Enquanto Friday iniciava todo o meu desktop me sentei na cadeira estralando meus dedos sendo acompanhado por Bruce que parecia tão eufórico quanto eu.

— Nos atualize Friday.

Achei um rastro, vários me levaram a um beco sem saída novamente.

Esse foi o resultado? — Franzi o cenho.

O último rastro levou a um endereço. Orfanato Nossa Senhora de Fatima.

Orfanato? Isso só piora. — Me levantei inquieto. — Deve ser mais uma pista falsa.

— Esse nome é familiar... — Pude ver ele coçar o queixo com a barba que começava a aparecer.

Analisando as fichas de empregados e órfãos mostra que alguns dos órfãos de Sokovia vieram para esse orfanato. Também me deparei com uma ficha protegida com criptografia AES.

Espera. — Parei mais incrédulo que antes. — Está me dizendo que o hacker que fez tudo isso se trata de um pirralho?

— Criptografia AES? Essa criptografia é a nível militar Tony.

— Assim que conseguir quebrar a criptografia me informe. Quero saber tudo sobre ele, se ele der um espirro mais alto eu quero saber!

Sim Tony.

Uau... Admito estar curioso para conhecer esse hacker.

— Pode ser mais uma pista falsa. Não acredito que se trate de um pirralho. — Revirei os olhos passando a mão no rosto. — Vamos esperar Friday fazer o trabalho dela.

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