VI

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Nota: (1) – Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling. Toda a trama desta história é baseada na incrível obra de S.J. Watson, que, obviamente, também não me pertence. Porém, a causa da amnésia de Harry e o final desta história serão completamente diferentes do livro de Watson. Essa história não possui nenhum fim lucrativo, é pura diversão.
(2) – Essa história contém relacionamento Homem x Homem e sexo explícito entre os personagens, se você não gosta ou se sente ofendido, é muito simples: não leia.
(3) – ⚠️ATENÇÃO⚠️ Este capítulo contém uma cena que permeia entre o "dub-con", ou seja, o consentimento duvidoso e o ESTUPRO. Portanto, se isto lhe traz qualquer gatilho emocional ou desconforto, por favor, não leia.

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Harry se encontrava sentado no sofá da sala, esperando. Uma hora se transformou em duas, enquanto ele esfregava as mãos uma sobre a outra e pensava em seu diário. Diário este mencionado pelo tal Dr. Malfoy, com quem conversara por telefone esta manhã, e que, no entanto, ele não havia encontrado ao procurar sob o colchão, onde o Dr. Malfoy havia indicado.

Onde estaria seu diário?

Ele não poderia ter sumido, poderia?

Talvez tivesse colocado num local diferente na noite passada e agora não se lembrava.

A campainha tocou. O som assustou Harry, que desviou o olhar de suas mãos e foi ver quem era. Através do vidro, viu a silhueta de um homem. Este vestia o que parecia ser um conjunto muito caro de terno risca de giz e gravata azul marinho. "Tom?", ele pensou, antes de perceber que seu marido ainda estaria no trabalho. Então, abriu a porta.

Era o Dr. Malfoy. Ele sabia, em parte porque não podia ser mais ninguém, em parte porque – embora quando falou com ele esta manhã, não tivesse sido capaz de imagina-lo, e muito embora seu marido continuasse lhe parecendo não familiar mesmo depois de lhe dizer quem era – Harry o reconheceu. Seu cabelo era curto, loiro e bonito na luz do sol, a gravata de seda parecia custar uma fortuna e tinha suas iniciais "DM" gravadas. Curiosamente, ele evitava encarar os olhos de Harry quando falou:

- Harry?

- Sim. – disse ele – Sim.

Porém, não abriu a porta mais do que uma fresta. Engolindo em seco, visivelmente desconfortável com algo que Harry não sabia dizer o que, Malfoy continuou:

- Sou eu. Draco. Draco Malfoy. O Dr. Malfoy.

- Eu sei – disse Harry – Eu...

- Você leu seu diário?

- Não, não consegui acha-lo.

Curiosamente, e por uma fração de segundos, o Dr. Malfoy pareceu relaxar.

- Você está bem?

- Sim – respondeu Harry – Estou bem.

Draco baixou a voz:

- Tom está em casa?

- Não. Não, não está.

Eles ficaram ali em pé diante da porta da casa que Harry continuava não vendo como seu lar, olhando um para o outro.

- Posso entrar? – pediu o médico.

Harry não respondeu de início. Não tinha certeza se queria convida-lo para entrar. Parecia errado, de algum modo. Uma traição. Mas a quem? Harry não sabia ao certo dizer.

- Sim – o menor respondeu, por fim, e abriu a porta. Draco assentiu ao entrar na casa, olhando para a direita e esquerda ao fazê-lo. Nunca para os belos olhos verdes que o fitavam. Delicadamente, Harry apanhou seu paletó e o pendurou no cabide, ao lado de um casaco de chuva que supôs ser seu.

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