“Maybe it's time to let go
Maybe it's better off alone
Maybe today's the wrong time
Someday we'll learn to be strong”
- Que porra de música é essa¿! –Harry entra no meu quarto como um raio.
Estou sentada no chão com o violão do colo, segundos atrás tocando a nossa música.
- Como conseguiu entrar aqui¿ -olho para a porta como se a resposta estivesse lá. Mas não, há apenas um Harry de calças apertadas e rosto vermelho fervendo de raiva.
- Não importa, porque você publicou esta música¿ Se você sofre sobre qualquer cara que você sai a culpa não é minha.
- Ei! Não fale assim comigo! –grito e levanto do chão mais rápido do que eu imaginei ser possível. Só percebi que o violão caiu violentamente do meu colo porque Harry olhou para ele no chão. –Como ousa entrar no meu apartamento desse jeito¿ Que tipo de prédio é esse que deixa qualquer pessoa entrar¿
- Ainda tenho as chaves, lembra¿ -ele pendura o chaveiro no seu dedo indicador. O chaveiro de prata em formato de avião de papel balança e meu coração quebra-se mais uma vez;
- Um erro. – estico minha mão para tirar as chaves dele e Harry esconde sua mão atrás de si, deixando meu braço no vazio.
- Mais um deles, Taylor. Você prometeu não escrever sobre isto.
- Não escrevi sobre isto.
- Não¿ -ele diz em ironia e minha tristeza começa a se transformar em raiva, talvez esta discursão seja o que preciso para odiá-lo.
- Não é algo que posso evitar.
- Mas você publicou! –ele grita na minha cara.
- E daí¿! –grito de volta e tiro as chaves da mão dele. –Está com medo do que as pessoas vão falar de você¿
- Nós conversamos, eu pensei que estivesse tudo bem!
- Me levar para as Ilhas Malvinas e terminar comigo durante uma viagem romântica não é um bom jeito de deixar as coisas boas! Viajar para uma festa em uma universidade na cidade vizinha quando saio de Londres para trabalhar na América não é algo para deixar tudo bem! –não posso evitar, nem se quer tento controlar a minha voz histérica entre os gritos. Estou certificada da minha garganta ardendo devido ao meu alto tom de voz, mas nunca tivemos a oportunidade em conversar depois do termino, e esta é a vez, ele me procurou.
Depois de "vomitar" meu coração partido em uma música, chegou a hora em vomitar para ele o resto do que não deu para colocar em uma canção.
- Não era provável isso acontecer, você sabe disso. –ele diz com os dentes cerrados e os punhos fechados. Odeio como ainda acho perfeito os cachos dele despenteados em um topete discreto.
- Sei disso¿ Eu não sei de nada, Harry. – agito meus braços de forma dramática. –Tudo o que eu sei foi que eu estava tentando e tentando todas as manhãs fazer o nosso namoro dar certo enquanto você curtia a sua vida de solteiro normalmente.
- Isso é mentira!
- Quando percebi eu estava tentando sozinha, e você percebeu isso também, percebeu que não era justo eu estar nessa batalha sozinha e terminou comigo quando se viu contra a parede em tentar também.
- Para! Nada disso é verdade!
- É tudo verdade! –grito ainda mais alto que ele e meus olhos enchem de lágrimas.