All You Had To Do Was Stay

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"The more I think about it now
The less I know
All I know is that you drove us
Off the road"

Depois de um longo dia passeando com meu namorado e a família dele, eu esperava poder chegar em casa e descansar, mas não, Peeta comprou duas pizzas de microondas e não planeja ir embora tão cedo.

Ele estaciona na garagem vaga ao lado do meu carro no subsolo e aperto o botão para chamar o elevador.

Mark chegou hoje em Londres, onde moro, ele é o meu ex namorado. O trabalho dele é chato e cansativo, visto que é preciso passar algumas semanas ou até meses fora, mas quase sempre quando ele está na cidade, nós encontramos um tempo para sair juntos. Mas depois do Peeta, nós não tivemos mais esses encontros, porque eles se odeiam.

Talvez meus encontros com o Mark não sejam mais propícios para mulheres comprometidas. Digamos que sempre ou quase sempre nossos encontros terminassem no outro dia de manhã, eu acordando com ele na mesma cama e tudo mais. É errado, eu sei disso, em todas as vezes que dormir com ele sem estar comprometida de fato, mas não me importava até essa relação estranha e "certa" ficar fora de controle.

Sinto que um sorriso forma-se no meu rosto quando lembro do ciúme do Peeta, "Esse cara é um idiota, ele não sabe que você está comigo?". Mark também não ajuda, ele manda presentes de toda parte do mundo e as mensagens diárias dele se intensificaram desde que comecei a namorar. Este ciúme do Peeta é porque ele nem sabe dessas mensagens diárias.

Eu sei que sou idiota por não cortar relações com meu ex, mas é complicado porque nós namoramos durante quase dois anos e antes éramos melhores amigos, nossas família também tem afeto um pelos outros e durante esses últimos três anos que não estivemos efetivamente juntos posso resumir como relação de amor e ódio.

Cinquenta por cento do tempo brigamos, a outra metade nós temos de amor pelo outro, porque sempre que precisamos muito de alguém somos o primeiro a procurar um ao outro.

Fazem cinco meses que não vejo o Mark, foi o maior tempo que conseguimos e estou morta de saudade para encontrar com ele de novo... mas não vai acontecer, porque depois de uma crise forte com Peeta eu prometi a uma semana atrás não responder mais nenhuma mensagem agradecendo por algum presente.  

Mesmo sendo gratificante lembrar dos momentos que eu tive com o Mark, nós não vamos nos encontrar mais daquela forma, agora eu tenho o Peeta e ele tem tudo o que eu queria encontrar em um rapaz: segurança. A minha história com o Mark é triste e melancólica o suficiente para não cair mais na armadilha de sexo maravilhoso que é o meu ex.

- Tudo bem com você? -Peeta pergunta e segura a minha mão.

- Sim.

Nossa caminhada até o meu apartamento é silenciosa, apenas o salto da minha sandália contra o chão de madeira não silencia por completo.

Quando chegamos no meu andar sinto meu sangue congelar. 

Eu acho que é coisa da minha cabeça, já que eu estava pensando nele a instantes atrás, mas quando o rosto do Peeta fica tenso de raiva eu tenho certeza que não é loucura da minha cabeça, ele está ali mesmo.

Mark está apoiado na porta em frete ao meu apartamento e usa sua tradicional roupa formal de trabalho que sempre fez e faz as minhas fibras tremerem. Eu gosto de como a calça social cai junto com a blusa branca e a gravata. 

É tão diferente de como ele se vestia quando éramos adolescentes... O adolescente com blusas de banda e cabelo com gel agora tem o cabelo normal e usa roupas sociais para o trabalho.

- O que você está fazendo aqui? -eu pergunto antes dele olhar pra gente. Mark abre um sorriso enorme e me puxa em um abraço.

Assusto-me e depois retribuo o abraço, o familiar lugar que se tornou meu lugar favorito durante anos. Eu nunca consegui encontrar alguém com o abraço tão gostoso como o dele -ou pelo menos que eu goste tanto.

Behind The SongOnde histórias criam vida. Descubra agora