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𝚖𝚊𝚢𝚋𝚎 𝚒𝚗 𝚊 𝚖𝚘𝚗𝚝𝚑

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[4 de novembro de 2018]

CARLOTA DOS SANTOS ENCONTRA-SE atarefada a preparar os cozinhados para a noite de hoje. A mesma decidiu fazer um jantar de família para celebrar o facto de Luísa estar de volta a Portugal, algo que a mais nova não achou ser um motivo de festa, mas se lhe faz a mãe feliz só tem de aceitar. A jovem encara o teto do seu quarto pensando em tudo e em nada. Segundos depois, são ouvidas batidas leves na sua porta. A morena solta um entre, dando permissão à pessoa do outro lado para entrar.

"Luísa, não devias estar vestida e pronta para irmos dar uma volta?" Pedro, o seu irmão mais novo, pergunta cruzando os braços.

"E tu não devias estar no teu quarto a jogar um jogo qualquer sem me chatear?" Coloca uma almofada sobre a sua cabeça e fecha os olhos. Pedro agarra no pé da irmã puxando o mesmo, fazendo com que o seu corpo deslize pela cama. "Pedro, eu não quero sair!"

"Mas vais sair! Porque temos que ir comprar uns bolos que a mãe pediu." O mais novo da família Weber larga o pé da irmã e esta suspira, jogando a almofada para o seu lugar e levanta-se contra a sua vontade, de seguida empurra o loiro para fora do seu quarto. Pedro foi o único que herdou o loiro da mãe, mesmo sendo um loiro escuro. De resto, todos  herdaram o castanho do pai, e a única coisa que herdaram da progenitora foi a cor verde dos olhos.

De calças justas pretas, com uma blusa interior e uma blusa de malha branca por cima, Luísa completa o seu conjunto com as botas pretas, para evitar sujar as sapatilhas brancas, que foram o único calçado que trouxe para além das variadas botas para o tempo frio que faz em Portugal. De seguida, pega num casaco castanho e comprido colocando-o sobre o seu corpo de modo a aquecê-lo ainda mais.

"Estava a ver que não." Pedro reclama com a irmã e ela apenas puxa-o para o exterior da casa. Entraram no seu carro e ele arranca em direção à pastelaria mais conhecida por eles.

Luísa e Pedro, assim que entraram na pastelaria, são acolhidos pelo típico cheiro a bolos, os melhores da cidade na opinião da morena. Maria Madalena, pasteleira e amiga da família, sorri ao ver a silhueta de Luísa, esta limpa as mãos num pano e sai de trás do balcão vindo abraçar os dois rebentos de Carlota dos Santos.

"Luísa! Há quanto tempo?" Luísa abraça a mulher de volta rindo. "Decidiste voltar para a tua terrinha?" Maria acaricia a bochecha da jovem com um sorriso no rosto.

"Ainda não é desta. Estou apenas de visita."

"Devias voltar! Olha que há muitos jovens por aí que são bonitos e que perguntaram por ti." Ela pisca-lhe o olho e ela solta uma gargalhada abanando a cabeça. Ela afasta-se de Luísa para cumprimentar o seu irmão. "Então, o que vai ser?"

"Ahm a nossa mãe disse-nos que era para virmos buscar a sua encomenda." Pedro diz sorrindo.

"Sim, claro! Falta acabar de fazer um dos bolos, não se importam de esperar uns minutinhos, pois não?"

"Claro que não! Assim podemos aproveitar para lanchar, o que achas Pedro? Pago eu."

"Assim gosto mais." Ele diz abrindo mais o sorriso, Luísa solta uma risada despenteando o cabelo do mais novo dizendo o quão folgado ele é. Fazem o pedido e de seguida sentam-se numa das mesas disponíveis. Maria volta para o seu posto de trabalho preparando os pedidos com a ajuda de uma rapariga, que trabalha com a família de longa data dos Weber.

Maria pousa os pedidos sobre a mesa, deixando os dois irmãos comerem à vontade. Luísa tenta apanhar o que o seu irmão lhe fala sobre o que se passou na sua viagem de finalistas na Espanha.

"Estás a dizer-me que um dos prédios começou a arder?"

"Sim, mas isso foi na Marina D'or, eu fui à Rebel." A jovem de vinte e quatro anos abana a cabeça soltando um ah. "Aquilo foi uma loucura. Ainda não percebi porquê que não quiseste ir na tua altura."

"Era diferente, não havia tanta segurança como há hoje em dia. Não havia controlos nas fronteiras." Ela eleva o garfo colocando mais um pedaço de bolo na sua boca.

"O quê? O nosso autocarro foi parado, mas graças a deus que ninguém tinha nada, ou se tinha soube esconder muito bem."

"Sim, lá eras livre de fazer o que querias. E tu achas que o pai ou a mãe queriam que eu, uma jovem que nem os 18 tinha, fosse para aquela loucura? Bem, eu queria não é, estar uma semana longe de tudo e festejar até mais não."

"Dizias que ias de viagem para outro sítio, mas ias para a Rebel. " Pedro diz como se fosse óbvio e fácil, mas Luísa solta uma gargalhada. 

"Quem me dera que fosse assim fácil. Primeiro eles tinham que assinar o papel para indicar que eles autorizavam a minha ida por ser menor. Era muita coisa que revelava para onde ia. Mas enfim, o que interessa é que eu tive a minha viagem de finalistas e que tu te divertiste na tua." Luísa levanta-se para ir pagar o lanche e buscar a encomenda da mãe.

Maria Madalena diz que não é preciso pagar, mas Luísa insiste em querer pagar o lanche. Quando ela fica distraída coloca uma nota de dez na sua caixa registadora. Maria Madalena volta-se novamente para a morena com os sacos na mão, dando os mesmos para as mãos da jovem, que lhe agradece beijando a sua testa. Pedro junta-se à irmã e após se despedirem saem do estabelecimento.

Enquanto Pedro vai buscar o carro, Luísa aproxima-se do quiosque que está ali perto da pastelaria, para ver as novidades do dia ou da semana. Acaba por comprar um jornal e uma revista para a sua mãe sabendo que a mesma adora saber tudo sobre as celebridades.

"Vais regressar a Frankfurt quando?" O mais novo pergunta assim que Luísa entra no carro.

"Não sei. Talvez daqui a um mês, talvez, porquê?"

"Para saber. Há imenso tempo que não estamos juntos e eu quero aproveitar o tempo que vais cá estar." Ele fala, Luísa coloca a sua mão sobre o ombro do loiro dando um sorriso.

"Vais poder aproveitar o tempo que quiseres, meu anjo."

A verdade é que Luísa não sabe ao certo quando volta, pois a sua chefe não lhe deu uma data. Apenas disse que quando tivesse luz verde para voltar que lhe dizia algo. E isso pode durar cerca de um mês ou mais, o que preocupa a morena.

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⏰ Última atualização: May 17, 2021 ⏰

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