Bordados

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Ficamos juntos até o final da festa inteira, fizemos tanta bagunça que todos haviam ficado de cabelos em pé.

É isso que ocorria quando juntamos Matteo e Celine em um único ambiente, vai ver foi por isso que o destino nos separou, não aguentou tanta bagunça em um só lugar.

Quando a luz do luar brilhou mais forte e o relógio já apontava exatas duas da manhã vi que Matteo precisava ir para sua casa, assim como seus amigos que ajudaram na música, foi lindo toda a cerimônia.

Quando escutei ele tocar na entrada de minha irmã foi uma coisa, mas quando ele tocou naquele mesmo banco para mim, pude ver o quão bem ele fazia.

Voava nas notas e as conduzia de forma que nunca vi igual.

Talento iria ser errado dizer, pois sei que foi muito suor para tocar de tal jeito, mas parecia sim que havia nascido para isso.

Quando o convidei para voltar a me visitar, o recordei de que ele deveria trazer consigo seu violino e que eu pediria para minha mãe me ensinar a tocar o piano que tinha na sala, assim podíamos tocar juntos. Fora essa mais uma de nossas promessas.

Sorri feito uma boba quando me recordei de que a nossa promessa quando eu tinha dez anos era que seriamos amigos para sempre e acho que estamos a concluindo com sucesso.

                                  🍋

Acordei tarde visto que o cheiro de comida preenchia a casa. Era hora do almoço e fiquei chocada pelo fato de ninguém ter me despertado, normalmente faziam isso para que eu ajudasse em minhas tarefas.

Me recordo que o sono começou a me caçar somente às quatro da manhã, além de ter comido muitos alimentos que contribuíram com tanta energia, havia algo que me impedia de dormir.

Meus pensamentos não se calavam um minuto se quer e toda vez que me recordava de tudo era como se meu coração pulasse com tanta força.

Foi quando desci as escadas e observei todos que comiam de forma tranquila, que escutei minha irmã se pronunciar:

— Eu quero que você me conte o motivo de ter evaporado da minha festa, assim que encontrou Matteo e o que fizeram! — A respondi com um sorriso, visto que falaria após me alimentar.

Meu corpo estava pedindo socorro, berrando tão alto que todos da mesa conseguiam escutar o roncar.

— Coma muito, minha filha. Não deixe de se alimentar. Há comida de sobra, então não precisa se preocupar. — Minha querida avó quem havia dito.

Ela parecia bem. Cabelo penteado, roupa passada e batom nos lábios. Sempre bem vestida e arrumada.

Me encantava o fato de que todos estavam ótimos e somente eu quem estava bagunçada.

Já estava guardando a louça junto de minha mãe quando Martina me puxou pela mão e me guiou para a frente da fazenda. O local ainda se encontrava arrumado, mas creio que mais tarde já estaria tudo guardado.

— Vamos, se apresse! Me conte, por favor. Vi que voltaram a ficar próximos. — Estava mais ansiosa do que eu lidando com o fato de que queria o ver novamente.

— Certo, deixe-me contar. — Já até havia desistido da ideia de que ela iria me deixar em paz, então logo fiz questão de lhe falar.

Tomei ar e recapitulei tudo que tinha acontecido quando deixei Martina plantada com o colar de morango em mãos em meio nossa conversa.

— Conversamos sobre nosso passado e o que havíamos feito até os dias atuais. Ele me disse que ele mesmo quem havia comprado aquele seu próprio violino, sabe? O que utilizou para tocar em sua entrada. Foi lindo, sabe tocar bem! Ah, não posso deixar de dizer, ele tocou somente para mim e disse que faria uma música em nome de nossa amizade.

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⏰ Última atualização: Nov 28, 2021 ⏰

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𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐏𝐨𝐦𝐚𝐫𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora