capítulo oito

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Eu odeio meu pai.

Não era necessário, na verdade, isso nunca seria necessário se eu não tivesse marcado de me encontrar com minha namorada aqui.
Pergunto-me em que momento ela marcou de vir e eu simplesmente concordei.

Estávamos degustando do almoço, o molho de carne com porco estava tão lindo parece tão convidativo, mais não vou me arriscar em ganhar mais peso do que já adquiri esses dias que estou aqui.

Olho para pequena porção de arroz com kimbap e uma colher de salada, isso provavelmente irá me manter em pé até o jantar.

— Você está comendo pouco hoje filho — Olho para mulher mais velha que varia seus olhares entre mim e meu prato — Você não está com fome?

Nego dando de ombros.

— Jimin sempre foi assim — Rose sorri me atraindo com seu doce olhar — Apesar dele ter ficado um pouco gordo esses dias que eu não o vi — ela sorri e logo sinto uma movimentação a minha frente me fazendo olhar o Feirante que encara minha namorada. — Ele sempre comeu pouco.

— Não me diga? Mais ele estava comendo tão bem desde que chegou. Sempre tomando café da manhã bem reforçado, nunca pulando as refeições muito menos sentindo falta de apetite — Minha tia continua na insistência.

Por favor, só parem.

Olho meu primo que até então não soltou nem uma piadinha indecente sobre esse assunto comigo, mas o mesmo apenas me olha com um olhar de pena e desgosto.

Não  é novidade para mim.

— Quando eu conheci ele — Sinto seu toque suave em meu rosto me fazendo rir bobo me esquecendo por um momento essa conversa estranha sobre meu peso — Ele não estava no padrão, sempre comendo e engordando — ela rir envergonhada me fazendo me encolher mais ainda. — Então eu o ajudei a entrar nos padrões e foi aí que nos apaixonamos, Ji sempre me orgulhou. Não é meu amor? — Levanto meus olhos para ela concordando e assim recebendo um selinho.

Escuto uma risada do meu primo. Não apenas eu, mais sim todos na mesa encara o Moreno de sorriso quadrado me olhando. Mais com um sorriso debochado nos lábios finos.

— Que relacionamento lindo priminho. Aposto que pensam em se casar em breve não é? — Sua voz foi como uma facada em mim. Talvez ninguém na mesa tivesse entendido as verdadeiras intenções de suas palavras, mas eu sim. Eu conheço bem seu tom. Isso me faz querer arrancar aqueles malditos dentes branquinho de sua boca.

— Sim.

— Não.

Rose e eu falamos em simultâneo. Sua resposta me fez olhar em seu rosto que sorria para mim tímida.

— Ainda não. Quem sabe futuramente não é meu amor? — Segurou minha mão por baixo da mesa sorrindo. — Temos que concluir os estudos e estar bem financeiramente para não termos que nos preocupar com o futuro, além disso — Seus olhos se desprendem dos meus e vão para o moreno que assistia tudo sem dizer uma palavra — Somos jovens e não sabemos se é isso que queremos.

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