Capítulo I

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Pov's Rachel

É sempre bom sair do meu apartamento para trabalhar. Ficar sozinha por muito tempo me torna uma desocupada paranóica. Desde que me mudei para NY, não tenho muitas pessoas para socializar. Em três anos aqui consegui apenas dois amigos de verdade. Kurt e Santana são meus anjos da guarda, eles são quase irmãos para mim, sempre que preciso de ajuda para qualquer coisa, eu posso ligar para qualquer um deles e em minutos eles estarão ao meu lado.

Kurt é de Lima-OH, mesmo lugar que eu. É estranho eu não tê-lo conhecido antes, mas esse tipo de coisa eu nem questiono. Ele é o cara mais fabuloso que eu conheço, o mais estiloso, o mais romântico e o mais sensível também. O sensível, descobri na noite em que conhecemos Santana, foi logo depois de termos ido assistir Moulin rouge, ele tinha acabado de levar um pé na bunda do namorado, confesso que não foi a experiência mais legal do mundo.

Santana é espirituosa, sempre muito forte e enfrenta qualquer um, sem distinguir posto e nem mesmo condição social, e foi assim que nós viramos amigas. Na noite em que Kurt e eu saimos para tentar tirar ele daquele fundo do poço, nós fomos em um bar e lá eu quase fui atacada por um bêbado nojento, e é aí que Santana aparece, foi ela quem nós salvou. Salvou a mim de ser arrastada por aquele homem horrendo e Kurt de levar um soco por ter confrontado o homem. Depois disso eu soube que aquela noite só terminaria bem se sentássemos para tomar uma boa taça de vinho, como fizemos em minha casa. 

Desde então eu os levo para todos os lugares e viagens que eu faço. Compartilho todos os segredos– até mesmo todos os homens com que ja dormi, ou penso em levar para cama. Não me julgue sou uma jovem de 24 anos solteira na cidade de New York, você realmente não esperava que eu fosse uma celibatária puritana, esperava? Obviamente não sou o tipo de pessoa que pega qualquer um em cada esquina que paro, sou seletiva. E nesse momento eu só tenho olhos para um homem específico. Justamente o homem que eu não vou conseguir ter, você certamente está se perguntando, "por que a modelo principal da vogue não pode ter o homem que ela quer?" E eu te respondo. Porque ele vai se casar em menos de quatro meses, com a nossa estilista principal. Aquela mulher realmente é muito linda, mas fiquei sabendo pelas más línguas que o que ela tem de bonita ela tem de insuportável.

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Trabalhei durante o dia todo, e vi o Maravilhososo homem, que eu ainda terei tocando meu corpo, nem que seja de uma forma ilícita. Brincadeirinha, eu jamais estragaria a alegria de pessoas que se amam de verdade por um capricho. Eu não sou assim, não fui criada assim. Mas tenho minhas dúvidas sobre esse casamento do Sr. Hudson com a Srt. Fabray, hoje quando toquei no assunto ele não pareceu nem um pouco entusiasmado com o casamento, parecia que estava sendo forçado a fazer. Eu não vou me apegar nas minhas impressões, afinal, nunca se sabe o que se passa na cabeça de dois apaixonados prestes a casar. Mesmo me interessando sexualmente no meu chefe, eu ofereci uma ajuda, amigável — e sim eu digo isso sem nenhuma ironia. Aparentemente eu ainda tenho valores. Ele parece precisar de ajuda e eu sou uma boa ouvinte então é, parece que eu prefiro virar amiga do Sr. Gostosão do que roubá-lo de sua noiva.

Ouço alguém tocar a campainha de meu apartamento e eu espero ansiosamente que seja minha comida. Eu normalmente não peço comida, prefiro preparar minhas próprias refeições, mas hoje eu estou esgotada e não tenho ânimo para cozinhar. De pijama, corro até a porta e sou surpreendida por Santana com minha comida nas mãos.

—Bom pelo menos trouxe minha comida. —Ela mostra a língua e entra em meu apartamento

—Quando cheguei o entregador estava chegado também, vi que era comida japonesa e sei que nesse prédio ninguém além de você, pediria comida japonesa em plena segunda feira. —Dou de ombros e me sento no chão da sala enquanto abria a embalagem em cima da mesinha se centro para comer

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