capitulo 4

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S/n Kaith

- Saia do carro calmamente e faça o que eu disse. — Partridge ordenou.

Respirei fundo e liguei meu modo atriz. Tudo que eu tinha que fazer era descrever um rosto qualquer para a polícia, simples. Talvez se eu fizesse tudo direitinho o Louis me deixaria em paz e eu não iria mais fazer parte de gangue nenhuma (é, isso significa que eu tive que aceitar a "proposta"). Saí do carro e entrei na delegacia.

— Quem era? – A mesma policial de ontem perguntou tentando ver quem era que tinha me levado para a delegacia.

- Hã... Era meu... namorado. - Me arrependi de ter dito o que disse no mesmo instante que a palavra saiu da minha boca.

– Ok. Venha comigo, vou te levar até o retratista.

Felizmente (e infelizmente) nenhum dos policiais desconfiaram de nada, logo logo os rostos inventados estariam passando pelo jornal da tarde. Será que se descobrissem que eu menti, eu poderia ir para a prisão? Não seria justo já que eu estava sendo ameaçada de morte, certo?

Era uma hora da tarde e a única coisa que eu queria era comer algo e contar tudo que aconteceu para a Cylia, mas era óbvio que eu não poderia dizer nenhuma sequer palavra sobre Partridge e Finn.

- E como foi? – Cylia perguntou enquanto devorava um hambúrguer.

- Foi normal... É só um rosto Cylia. – Eu disse e depois dei um gole no refrigerante.

– Só um rosto? - Mari perguntou de boca cheia. — S/a, você ajudou MUITO os policiais na investigação, eu até te chamaria de heroína hah. — Ela riu.

Fiquei calada; eu não era uma heroína, sou uma vilã, eu poderia ter dado qualquer pista para os policiais que eu estava mentindo.

Poderia até te escrito "help" em algum papel, mas não, eu apenas segui com o plano, como uma gângster.

- Cylia... Eu quero te contar uma coisa, mas você não pode contar pra NINGUÉM.

[autora: alguém fala a boca dela]

Cylia me olhou curiosa. E balançou a cabeça de uma forma que indicou que eu poderia prosseguir com o assunto.

- É sobre esses traficantes...

Sim, eu estava prestes a falar tudo para a Cylia. Eu só queria que ela me ajudasse como sempre fez, mas meu celular tocou. Era um número desconhecido, apenas ignorei, mas então o número me ligou de novo.

- Alô, quem é? - Iniciei a conversa.

- Nem pense em dizer absolutamente nada para a sua amiga, S/n. Eu achei que tinha sido bem claro quando disse que não era pra você falar com NINGUÉM. Apenas pense em dizer algo para alguém de novo e a primeira morte será da mexicana que está na sua frente. - Ele disse e desligou.

Eu não precisava reconhecer a voz para saber quem estava falando do outro lado da linha. Mas o que me deixou assustada foi ele saber que eu estava prestes a contar tudo para a Cylia; como ele sabia disso? Essa seria uma pergunta que eu faria para ele assim que o reencontrasse de novo.

— Quem era? Ela perguntou e depois limpou sua boca que estava suja de ketchup picante com um guardanapo.

– Uma pessoa que errou o número. - Disse simples.

- Mas você só disse alô. - Ela estranhou.

Parabéns Cylia, você merece um oscar de melhor observadora. Fiquei sem falar, diferente de algumas pessoas, eu não sei mentir.

- É porque eu tô sem paciência e só desliguei. - Cuspi as palavras.

Cylia me olhou estranho, ela sabia que eu estava mentindo, essa garota me conhece muito bem. O problema é que assim como eu, Cylia é muito curiosa; então mais cedo ou mais tarde ela vai chegar até mim e me perguntar porque eu menti. Mas naquele momento ela apenas ficou me olhando e pensando.

-Você sabe... O depoimento, as provas que estão chegando, os pesadelos que eu tô tendo por causa dos assassinos. Isso é mais estressante do que parece. - Tentei apagar o fogo de curiosidade que estava crescendo dentro da Cylia.

Ela apenas cruzou os braços e concordou com a cabeça.

- Uhum... Posso imaginar. — Ela sorriu para mostrar empatia.

Então eu adicionei mais um problema para resolver na minha lista: Aprender a mentir muito bem.

Mensagens

xxx: Você mente muito ruim S/a

xxx: Tá precisando de umas aulinhas

                                        - não me diga partridge..

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oi bitches 💋

créditos Anamyn_

O depoimento - adaptação Louis Partridge Onde histórias criam vida. Descubra agora