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— Conte! Conte! Só mais uma vez!
— Esta bem! Se isso for fazer você parar de me irritar, eu conto, mas só mais essa noite, você está começando a ficar obcecada com isso, Molly!
— Sim, talvez esteja mesmo, mas você sabe que eu gosto de ouvir a história do nosso reino — a pequena elfa da lua se enfiava cada vez mais pra dentro das duas cobertas que lhe aqueciam
O inverno havia chegado, e com ele, várias tempestades de neve. Naquela noite gelada, Atlanty, a herdeira de Clowan, estava procurando em sua mente uma história para contar a Molly, sua irmã mais nova de apenas sete anos.
A história de como Saginy foi separada em dois reinos, essa era sua favorita, era aquela, toda noite, por vários dias seguidos, Molly nunca se cansava.
—Fique quieta, vou começar , só preciso lembrar como a mamãe contava
Ah, Angela, como ela era incrível, gloriosa, leal e sábia, havia morrido de uma forma sábia também, a morte dela poderia ser contada em volta de fogueiras em acampamentos , se ela não fosse sobre a morte da rainha.
Rainha Angela tinha morrido no campo de batalha, quando um humano ousou fazer algo com um dragão de Clowan, tiveram que matar o pobre dragão que estava sendo portador de um breve feitiço em que o feiticeiro conseguia ver o que a majestosa criatura via, assim sabendo de tudo sobre Clowan, após décadas e mais décadas.
Ninguém descobriu ou quis descobrir como aquele humano conseguiu colocar o feitiço no dragão. É, acho que isso é um mistério.
—Há muito tempo, antes dos seus bisavós, até tataravós ,terem nascido, existia saginy, um reino em que todos os tipos de criaturas , fadas, dragões, elfos, feiticeiros — ou possuidores de magia — e humanos , viviam em harmonia total. Até que em um dia sombrio, um feiticeiro maligno chamado Virak hipnotizou um exército de guardas do reino, e os fez lutarem para ele,mais especificamente para com que ele conseguisse o poderoso trono cristalino e, provavelmente, escravizar nao só saginy, mas também outros reinos.
Com uma guerra se aproximando, o rei elfo, Lino, convocou um representante de cada criatura — mágica ou não — para debaterem sobre oque fazer com o reino e com Virak, mas, apenas os representantes dos Elfos, das Fadas e dos dragões foram. Suspeitando que os humanos — muitos deles, feiticeiros e possuidores de magia — estavam envolvidos nisso, eles resolveram adiantar a guerra que estava se avizinhando.
Muitas mortes, dores e sentimentos foram deixados como marca de que não se devia confiar em humanos. Percebendo que a guerra só causaria mais perda, um possuidor de magia extremamente sabio traçou uma grande rachadura no solo e logo depois duas muralhas cobrindo a visão para de um novo reino para outro, bem na metade do antigo reino, que agora, estava partido em dois, como sinal de que nenhum humano, feiticeiro ou possuidor de magia, voltaria a seguer ver uma criatura mágica, pelo menos, não enquanto aquela rachadura e as muralhas estivessem ali.

𝙡𝙪𝙖 𝙚𝙨𝙥𝙞𝙣𝙝𝙤𝙨𝙖Onde histórias criam vida. Descubra agora