07. Love

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a.mor
etimologia (origem da palavra): do latim, amor;
definição: forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais; atração baseada no desejo sexual.

Nada é pequeno no amor.
Quem espera as grandes ocasiões para provar
sua ternura, não sabe amar. (LAUREN CONAN)

x.x.x

Harry acordou num susto, tinha pegado no sono profundamente e sentiu aquela sensação de que tinha feito algo errado. Olhou em seu relógio e viu que tinham se passado cerca de cinco horas, o sol já havia nascido e a cama onde Louis dormiu estava vazia. Quase saiu do quarto do jeito que estava, mas se deu ao trabalho de colocar as roupas antes e descer até a ala médica praticamente correndo.

Tudo estava calmo até ali, então julgou que as coisas estavam bem. Devagar, olhou pelo vidro da sala onde Diana estava, e viu Louis sorrindo para ela, conversando alguma coisa que Harry não conseguiu ouvir e seu coração pareceu gigante dentro do peito. Na situação em que estava, aquela era de longe a melhor sensação do mundo.

Entrou devagar na sala como se pedisse licença e, apesar de ainda estar fraca, Diana sorriu ao ver ele, esticou os braços sem levantar e, ao julgar pelo sorriso, Louis sabia que grande parte do seu remédio tinha acabado de chegar. Styles andou devagar até a cama, mas olhando Louis, que assentiu com a cabeça dando permissão para que ele fizesse.

Harry abraçou a menina com cuidado, ela ainda tinha acessos nos bracinhos, tomava antibióticos, soros e ainda não estava recuperada. Harry viu na sua pele manchinhas vermelhas.

— Ei, princesa do papai. — Ele dizia com o maior sorriso que conseguia, correspondido por ela.

— Você foi rápido! — Ela disse feliz.

— Fui mesmo, não fui? — Ele piscou para ela e, num flash, passou pela cabeça suas últimas vinte e quatro horas e sentia que tinha valido para o resto do mês todo. — Como se sente? — Perguntou, mas não esperou a resposta da menina, logo virou-se para Louis.

— Ela está bem. — O médico respondeu satisfeito, em pé ao lado da cama, acompanhando a cena. — Mas já conversamos, não é mesmo, Di? Sabe que ainda vai ter que ficar alguns dias por aqui. — Ele concluiu e a menina apenas assentiu.

— Mas o doutor Louis disse que podia receber visitas e ter dois brinquedos aqui. — Ela contou a Harry. Ele acariciou os cabelos dela e beijou a testa, rindo um pouco do jeito dela dizer "doutor Louis".

— Certo, filha. Sabe que tem que seguir as ordens do doutor Tomlinson e da doutora Kandel. — Ele reforçou e ela assentiu, mostrando que o ursinho rosa que tinha ganhado dele estava ali junto com ela. — Pode me dar um minuto para falar com o doutor Tomlinson? — Ela assentiu e Harry olhou para o médico, como se pedisse que o acompanhasse até o lado de fora.

Louis seguiu Harry e fez sinal para uma das enfermeiras que cuidava da clínica improvisada que ficasse alguns minutos de olho em Diana e a moça assim o fez. Saindo do quarto, Louis fechou a porta e já se encontrava um pouco afastado no corredor com Harry, que o encarava de um jeito completamente diferente do que ele jamais havia visto em todas as pessoas desde que o mundo mudara tanto. Percebeu que sentia falta daquilo, daquela esperança que Harry parecia nutrir, era raro naqueles dias.

— Se tiver... Qualquer coisa que eu possa fazer para...

— Harry, está tudo bem. — Louis o tranquilizou percebendo que ele estava tão grato que mal conseguia demonstrar. — Você fez mais do que o suficiente, você fez até mais do que era possível.

Harry respirou fundo e relaxou os ombros. Nunca pensou que fosse criar uma conexão tão rápida e significativa com alguém em tão pouco tempo, só de olhar aqueles olhos azuis ligeiramente orgulhosos e modestos ao mesmo tempo. O silêncio entre os dois era até constante, Harry notou que tiveram até ali muitos daqueles momentos, e não sentia-se tenso com tudo — como normalmente se sentiria, pelo medo constante que tinha do apego.

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