023

15.4K 1.3K 632
                                    

ARTHUR FERNANDES.

Eu tive coragem de fazer o que eu queria desde minha última vez que estive aqui nesse quarto, desde quando eu percebi o que era ter borboletas no estômago na menina que me odeia.

Eu beijei ela.

Ela se afasta um pouco, mas seguro a sua cintura para ela não sair correndo, e logo ela continua e eu estranho a tal atitude que eu comecei.

Ela se separa de mim, e segura os meus ombros olhando para mim, ela puxava o ar para os pulmões, e eu não estava diferente dela.

─── desculpa -falo para a garota que agora estava longe de mim

─── não tem nada, mas eu não esperava por isso

─── eu nem sei como eu arranjei essa coragem

O quarto é invadido por um ser, chamado Nobru, ou Bruno.

─── olá pombinhos, o que vocês estão aprontando?

─── nada -S/n fala rápido

─── você está estranha -aponta para a garota- o que aconteceu?

─── não aconteceu absolutamente nada -ela diz

─── por que ninguém me conta nada nessa casa -diz o paulista

─── tu tá molhando o meu quarto, sai daqui logo por favor -Nobru estava todo molhado, e seu cabelo pingava gotas de água

─── eu vou, mas eu ainda vou descobrir o que está acontecendo -ele sai

─── então -eu começo- e agora?

─── e agora o que? -ela pergunta, e eu sabia que ela tava se fazendo de desentendida, ela era inteligente demais para saber o que eu perguntava

─── isso que rolou quase agora, nós vamos fingir que nada aconteceu?

─── mas -interrompo ela

─── eu acho que gosto de tu, e todas as vezes que eu te faço raiva não é por mal, eu gosto de te irritar

─── tu gosta de mim? Mas até ontem tu disse que me odiava

─── eu menti

─── eu preciso pensar antes de te dizer algo, não quero me forçar á algo só porque tu disse que gosta de mim -ela fala- deixa eu pensar, e eu te mando mensagem

─── tudo bem, tudo no seu tempo

Recebo uma mensagem do Bak avisando que estava na frente da casa me esperando, respondo ele.

─── eu tenho que ir -me despeço dela

─── eu te acompanho

Sigo ela até a frente da porta, e ela abre a mesma e me dá espaço para passar.

Antes que eu continue o caminho, eu paro e olho pra ela, e beijo sua bochecha, e a garota sorri com o ato, o que faz me coração desacelerar, já que estava com medo dela fazer algo.

─── eu irei esperar, não se apresse -digo

Ela concorda e fecha a porta.

𝗘𝗹𝗮 𝗰𝗵𝗲𝗴𝗼𝘂, 𝗧𝗵𝘂𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora