028

14.1K 1.1K 276
                                    

S/N LIRA.

─── por que eu tenho que ir? Eu nem conheço esse povo -Thur reclama pela a quinta vez naquela noite

─── porque eu não quero ficar sozinha em uma casa cheio de adolescentes que me odeiam

─── você é uma -ele fala o óbvio

─── mas eu tenho juízo, diferente daquelas pessoas -falo já com raiva

Eu tinha sido convidada para uma festa de aniversário de um menino, o menino que fez a piada de "jogadora cara" no primeiro dia de aula. Eu não tava nem um pouco afim de ir, mas Cecília me puxou, e eu puxei Thur.

─── lembrando que nós não passamos de amigos para eles -falo para Thur

─── ninguém sabe?

─── só Cecília

─── menos mal

Entramos no uber, a casa do moleque não era tão longe, mas também não era tão perto. Logo chegamos em um bairro que é consideravelmente chique.

─── ele tem cara de que é mimada -Thur fala quando estamos na frente da grande casa

─── você ainda tem dúvida?

Entramos na casa, e olhares foram diretamente para nós, algumas pessoas falavam alguma coisa baixo.

─── S/N, você veio -ele era mais falso que nota de 1,00

─── vim, e trouxe um convidado, espero não incomodar

─── Arthur nunca incomodará nós -Thur cumprimenta ele

─── é, Thur vá lá com eles, eu vou procurar Cecília

Thurzin olha pra mim com se fosse me matar e tudo que eu faço é dar o meu sorriso mais falso.

Caminho pela aquela grande casa, e logo encontro minha amiga conversando com um menino, então prefiro não atrapalhar o momento.

ARTHUR FERNANDES.

S/n havia me deixado sozinho com esses meninos que só sabiam falar de dinheiro, menina, e as vezes me perguntavam como era trabalhar na Loud.

Procuro S/n pelo o local, e encontro ela sentada sozinha, realmente, S/n não era a pessoa mais amada daqui.

Ela estava linda, vestia um vestido preto e brilhoso, e colado em seu corpo, que chamava atenção de todos.

─── eu nunca fui com a cara dela -presto atenção na fala do dono da festa- mas não podemos negar que ela está gostosa hoje

─── quem? -pergunto curioso

─── a Lira -sentir um pontada no coração e raiva da sua fala, mas não podia fazer nada

─── não fala assim dela -eu falo e todos na roda olham para mim

─── rola alguma coisa entre vocês? -um menino aleatório pergunta 

─── não, somos apenas amigos -queria contar a verdade, mas eu amo minha vida

─── eu pegaria ela fácil -outro menino fala e eu olho para o outro lado da sala tentando controlar minha raiva

─── quem não pegaria? Mas ela é uma idiota, só pelo o fato dela se achar demais, você não acha Thur? -o menino fala de novo

─── não, eu não acho, S/n não é umas das pessoas mais fácil de se conviver, mas ela é bem legal, se vocês me derem licença, eu vou ver como ela tá -me retiro dali

Caminho na direção da S/n, que tinha seus olhos em outro lugar.

─── por que está sozinha aqui? -me sento ao seu lado colocando meus braços ao redor de seus ombros

─── o que tu tá fazendo? -ela pergunta

─── o que? Eu não posso mais abraçar minha amiga?

─── o que fizeram contigo lá? -ela pergunta e eu nego

─── nada -eu não iria contar o que eles falaram sobre ela

×××

[04/05]

𝗘𝗹𝗮 𝗰𝗵𝗲𝗴𝗼𝘂, 𝗧𝗵𝘂𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora