Barbara Passos (Mudanças)

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Eu estava tendo um sonho confuso e estranho. Sentia alguma coisa errada com meu corpo, mas não sabia identificar se era minha imaginação ou realidade. O que era aquilo? 

Mordidas... mas que merda e essa? Quem está me mordendo?

Abrir os olhos assustada, dando de cara com uma Carolina me olhando com uma expressão travessa no rosto enquanto distribuía mordidas por partes do meu corpo. Eu ofeguei, o susto tinha me feito perder o ar, mas eu estava feliz por ser apenas ela.

Você está virando uma vampira, canibal, cadela ou alguma coisa assim e eu não estou sabendo?

Minha voz saiu Arrastada e ela gargalhou alto. Aaaaah! Essa risada dela e tão contagiante e gostosa de se ouvir. Eu simplesmente amo o som, é relaxante e contagiante. Um dos meus sons favoritos no mundo.

Vampira talvez.

Brincou e se jogou sobre mim, fazendo-me rir de sua manha.

Sai sua gorda. – Empurrei ela que caiu ao meu lado na cama e fez bico.– ohh! fica tão bebezinha com esse biquinho.

Apertei Suas bochechas e ela bufou se fingindo de irritada.

Você magoa meus sentimentos assim, Passos.

Levou uma das mãos até seu tórax e fez uma cara de sofrimento.

Que dramática, meu Deus.

 A empurrei de cima da cama rindo e ela caiu no chão me fazendo rir mais ainda. E espera... como eu vim para na cama?

Me machucou, sua galinha.

Resmungou enquanto levanta do chão e eu lhe dei língua.
  
Como eu vim para na cama?

Ignorei seus resmungos irritados, observando-a volta para a cama enquanto eu tentava lembra se tinha vindo para cama em algum momento da noite.

Os duendes te trouxeram.

Fez uma voz de narradora de filmes de terro é eu não aguentei, comecei a rir sendo acompanhanda por ela. Carolina é simplesmente uma idiota quando quer, porém, eu me divirto bastante com as besteiras que ela fala.

Gente, minha melhor amiga é o Peter Pan.

Falei entre risadas e ela me olhou confusa.

Por quê?

– Porque a senhorita... – Empurrei seu ombro e subi em cima dela, com as pernas ao lado de seu corpo, apoiando minhas mãos ao lado da sua cabeça e aproximei meu rosto do seu. Rocei nossos narizes, fazendo-a sorri.

Não cresce nunca.

Sem que eu percebesse, ela inverte a posição comigo, ficando por cima agora.

Como anda sarcástica essa garota abusada.

      Fingiu surpresa e eu rir.

Eu sarcástica? Não, nunca.

– Idiota.

Rimos e continuamos brincando, isso claro até meu celular começa a tocar e Carolina levantar de cima de mim e correr para atendê-lo.

Me dá, sua cabeça de vento.

Corri atrás dela, que saiu com o aparelho em mãos rindo enquanto corria pela casa. Não disse? Não cresce nunca.

Deixar eu ver quem é... –  Parou bruscamente, fazendo-me colidir com suas costas, olhou para a tela do celular e leu o nome.

E a Milena

A MELHOR AMIGA DA NOIVAOnde histórias criam vida. Descubra agora