Passava-se das 2 horas da madrugada. James não sabia como estava o céu mas tinha ideia de que estava nublado, pelo vento que entrava por sua janela.
Deitado, com uma mínima vontade de dormir mas com um sono que ameassava o derrubar, resolveu levantar da cama e ir fazer um café ou beber o frio que havia feito de manhã (o que seu sono deixasse-o fazer).
Passou pelo corredor de frente do seu quarto, onde estava Tobby (sim, Tobby. Qual melhor nome pra se dar pra um cachorro?), um beagle branco e marrom. O cão o encarou mas voltou a abaixar a cabeça e voltar para seu sono.
Chegando na tão esperada cozinha, James repensou sobre voltar à cama e dormir, mas desistiu ao ver a cafeteira em cima do balcão o esperando ansiosamente. O físico nuclear (isso é realmente necessário de ser falado, afinal, a insônia dele não é causada por esse trabalho?) ligou o eletrodoméstico, colocando tudo que se é preciso dentro dele, e esperou sentado na cadeira desconfortável de madeira.
Uma observação: James acabou dormindo ali mesmo, sem tomar seu café.
Quando acordou, já às 11 horas da manhã, ele percebeu o que havia acontecido e encarou a cafeteira ao lado. O café já estava frio mas ele pegou uma xícara, de qualquer maneira, e a tomou tão rápido que se estivesse quente, provavelmente, ele estaria no hospital com queimaduras de segundo grau na garganta e esôfago.
A falta de cafeína havia sido suprida mas o peso sobre os olhos continuava forte.
James já não sabia que horas eram, mas a fome apresentava seus sinais. O homem, estava apenas parado, sentado em sua cadeira de madeira olhando para o teto com preguiça de levantar e preparar sua tão amada lasanha congelada. A dieta dele era basicamente feita de comidas congeladas e café.
Meia hora depois, já saboreando sua massa com frango e molho, James olhou para o relógio em seu braço e viu os ponteiros indicando 13 horas e 16 minutos. Possuía apenas 44 minutos para se arrumar para o trabalho. Não havia percebido que o tempo tinha passado tão rápido nas últimas horas.
Deixou o resto da lasanha na mesa, Marta sua empregada iria limpar. Sua vida seria tão mais complicada sem ela, ele não tinha tempo nem para tomar um café quanto mais arrumar todo aquele apartamento não tão grande mas nem tão pequeno.
Foi em direção ao banheiro e ficou lá, até seu celular começar a tocar, o obrigando a sair de seu tranquilizante banho.
-Alô?-disse com sua voz rouca.-Ah, claro. Oi, Hanna. Não irei demorar. Não. Sim, claro. Já estou quase pronto. Sim, Hanna. Pode adiantar os papeis pra mim? Muito obrigado. Mais alguma coisa? Ok. Tchau, Hanna!-disse desligando o telefone.
A ligação foi tão rotineira que ele já havia gravado o discurso para a chamada.
Hanna era secretária geral da Nasa, local de trabalho de James. Sim, ele trabalhava no setor de energia da grande agêngia governamental norte-americana. A ligação era pra perguntar se o físico poderia trabalhar durante a noite toda, novamente. Ele não sabia se ele poderia recusar mas de qualquer maneira, achava melhor não.
Afinal, não se diz "Não" para a Nasa!
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Another world
Ciencia FicciónE se um outro planeta fosse descoberto? Se uma missão tentasse levar 300 pessoas até lá? E se conseguissem? Talvez o plano desse certo. Talvez não. A descoberta de um outro planeta revelaria a impotência do ser humano de sair de seu próprio berço ch...