Made in heaven

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Luzes

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Luzes.

Luzes de todas as cores e formatos.

Remus John Lupin via um túnel de luzes e formatos inimagináveis à sua frente. Se sentia mais leve do que jamais se sentiu. Olhou para trás e não se assustou quando viu seu corpo atirado no chão. Ele havia morrido.

Um turbilhão de emoções passava pela sua mente. Medo, talvez; mas ao mesmo tempo a sensação de libertação. Apesar do silêncio ser quase completo se não fosse pelos ecos da guerra, Remus cantarolava uma música inconscientemente na sua cabeça como se fosse ajudar na ansiedade dos próximos acontecimentos. A música em si era 'The man who sold the world" de David Bowie.

We passed upon the stair

(Nós passamos sobre as escadas)

we spoke of was and when

(nós falamos sobre o agora e o depois)

Although I wasn't there

(Ainda que eu não estivesse lá)

he said I was his friend

(Ele disse que eu era seu amigo)

Which came as some a surprise

(Que veio como uma surpresa)

I spoke into his eyes

(Eu disse olhando em seus olhos)

"thought you died alone, a long long time ago"

("Eu pensei que você tinha morrido sozinho, há muito, muito tempo... ")

'Eu pensei que você tinha morrido sozinho, há muito, muito tempo...' Essa frase ecoava por sua mente. Nunca havia tido medo da morte, mas agora seu coração estava acelerado por não saber o que esperar. O que acontecerá amanhã? Era como se a cada centímetro que ele percorria pelo túnel, um pouco do peso e dos traumas de sua vida fosse retirado de suas costas.

De repente o túnel o levou para um jardim. Lupin nunca acreditou em vida após a morte, mas começou a suspeitar naquele momento. O jardim era muito familiar aos olhos do licantropo, que logo reconheceu: os jardins de Hogwarts. Pôde constatar isso com total certeza quando percebeu que do seu lado direito o antigo e horrendo salgueiro lutador estava.

Ele tinha muitas memórias com aquela árvore. A maioria ruim e dolorosa. Mas agora, morto, Remus não se entristecia mais com a árvore, ele a agradecia por ela ter sido tão importante em sua vida. Afinal, aquele também era um símbolo da melhor época da sua vida: a dos marotos.

Saiu de seus devaneios quando percebeu que havia um homem um pouco mais a frente da árvore. Este mexia em uma flor e se parecia muito com Lupin, se não fosse o fato dele ter cabelos mais escuros e não portar cicatrizes.

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