Depois da conversa com Harry, Sirius voltou para a casa de Regulus para contar o que tinha acontecido. Mas com certeza a única coisa que agora vinha na sua cabeça é que Remus havia morrido. A coisa que o Black mais queria para o outro era uma vida longa e feliz. A primeira coisa não tinha acontecido, e a segunda ele não tinha certeza. Deitado no sofá enquanto o irmão fazia chá, Sirius começou a se lembrar de coisas.
Ser preso em Azkaban não chegava nem perto da dor que era saber que Remus achava que ele tinha traído seus amigos. Seu coração apertava todo mês quando olhava pela minúscula janela de sua cela e via a Lua cheia brilhando e não poder ir ajudar o lobisomem em suas noites. Doía ter perdido as pessoas mais importantes da sua vida. Doía não poder pensar nos marotos, porque ou uma faísca de felicidade surgia em seu peito e chamava os dementadores, ou uma tristeza inabalável sacudia o pouco de sustento que ainda tinha e o fazia cair aos prantos no chão gelado da prisão.
Depois que conseguiu fugir de Azkaban, a primeira coisa que fez foi se transformar em cachorro e ir ao túmulo de James e Lilly Potter.
"Me perdoem, me perdoem, me perdoem, me perdoem por não ter conseguido salvar vocês. Por ter abandonado o Remus. Por não ter cuidado do Harry" ele latia para as lápides a noite toda.
Mas ele sabia que não podia ficar se lamentando até o fim da vida. Na manhã seguinte partiu para Hogwarts, Harry merecia saber a verdade, e ele precisava se vingar de Peter. Mas com certeza a maior surpresa de todas era que enquanto estava escondido na Casa dos Gritos, Remus entrou para mais uma noite de lua cheia. O cachorro preto se escondeu enquanto o outro retirava suas roupas. Black percebeu o quanto ele estava magro e como a quantidade de cicatrizes havia aumentado drasticamente, como seus olhos eram sombrios e tristes. Queria se transformar em homem e o abraçar, mas o que Lupin faria? Ele pensava que ele era um assassino, não um velho amigo. Em forma de Padfoot, ele passou a noite com Moony, brincando como nos velhos tempos, e quando o Sol começou a aparecer na janela, se escondeu novamente. E assim foram durante meses, às vezes saindo e dando uma volta pela floresta proibida sonhando se um dia poderia entrar em Hogwarts novamente como um homem livre.
Às vezes fazia visitas a Harry, como na noite que ele fugiu dos Dursley, e o observava de longe. Mas então, um dia, observando o garoto e seus amigos percebeu que um ruivo segurava um rato, mas não qualquer rato, era Peter. Aquilo enfureceu Sirius. Como aquele traidor ousava chegar perto de qualquer criança? De Harry? Depois de ter traído os pais dele para serem mortos, ter feito eu ser preso, ter feito Remus ficar sozinho por 13 anos fazendo sei lá o que, fazendo a vida de Harry virar de cabeça para baixo? Como ele ousava?
Não conseguiu mais se segurar e um dia arrastou o amigo dono do rato para dentro do Salgueiro lutador, sendo rapidamente seguido por Potter e uma outra amiga. Feriu tanto a Black ver que Harry pensava que ele era um assassino comensal da morte que queria matá-lo depois de tudo. Mas então ele chegou. Remus John Lupin surgiu das escadas e o ajudou. E depois de 13 anos de desespero completo, eles se abraçaram. Os braços do lobisomem em volta do animago eram seu lar, eram tudo, era a sua vida. Sirius o queria beijar, mas se contentou com o melhor abraço de toda a sua vida.
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Tomorrow...
FanfictionSegundo Dumbledore, para mentes bem estruturadas, a morte é apenas a aventura seguinte. Remus Lupin pode comprovar isso. Porque depois da morte, a sua 'vida' foi mais intensa e cheia de encontros e reencontros do que ele poderia imaginar. Principalm...