Em uma época onde o mundo está tentando se recuperar das consequências deixadas pela guerra, tenta-se encontrar formas mais rápidas de deixar o planeta bom de novo. Após grandes períodos de ódio gratuito, isso não é fácil. O amor é o único capaz de...
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A claridade do dia batia contra o meu rosto, me despertando, mas eu estava preguiçoso demais para abrir os olhos. Além disso, o travesseiro desse inválido era extremamente fofo e gostoso de dormir. Eu poderia ficar nessa cama pelo resto dos meus dias. O cheiros dos lençóis eram outra maravilha. Me aconcheguei mais no colchão, até sentir uma textura um pouco diferente de algodão. Isso parecia... pele?
Abri meus olhos e me inteirei de onde estava e como estava. Eu havia, aparentemente, ultrapassado a parede de travesseiros e abraçado o garoto. O seu corpo estava quentinho, mas eu me mexi, levantando o olhar para seu rosto e dando de cara com um Jungkook assustado. Os seus músculos estavam rígidos e os seus olhos esbugalhados. Ele engoliu em seco, abrindo a boca para falar algo.
— Me desculpe por isso! Eu estava inconsciente... Não foi proposital, não me machuque. — Eu disse rápido, me afastando.
Ele concordou com a cabeça e saiu da cama, sumindo no corredor. O meu coração estava na boca. Eu tive sorte de Jungkook não ter sido agressivo. Ao menos isso teve um lado bom, minhas dores haviam sumido. Ele era um bom apoio para dormir. Bastante macio.
Eu troquei o pijama por uma bermuda xadrez clara e uma camiseta branca, penteei os cabelos com os dedos e deixei os arrumado. Desci timidamente para o café da manhã, Jungkook estava preparando um cereal para nós dois. Me sentei ao seu lado e comi em silêncio, ele não pareceu querer conversar também.
O inválido terminou sua refeição e apanhou uma mochila que estava no chão, jogando-a no ombro. Ele estava vertido com uma roupa esportiva.
— Temos planos para hoje? — Eu perguntei, enfiando mais uma colherada na boca e, sem querer, babando um pouco de leite fora.
Ele riu da cena, enquanto eu limpava o rosto com as costas da mão, — Hum, bem, eu pensei em sair um pouco.
Eu bati palmas, seria bom sair um pouco. Não havia muita coisa para se fazer nessa casa, levando em conta que nos quase não nos falávamos. Deixei minha tigela de lado e corri pegar minha bolsa.
Nós saímos pela porta da frente dessa vez. Nós pegamos uma pequena estrada, que dava acesso à praia. Aquilo era bonito, tão bonito que não se parecia em nada com a cidade dos inválidos. Eu pensei em um Los Angeles totalmente destruído e cinzento, um cenário pós-apocalipse zumbi, mas estava enganado.
Eu precisava tirar algumas fotos para fazer inveja nos meninos quando os encontrasse no sábado. Aproveitei um momento de distração de Jungkook para fotógrafa-lo, meus amigos estavam curiosos quanto a sua aparência. Pelo menos eu poderia esfregar na cara deles que, sim, eu fui destinado a um garoto inválido, mas um garoto inválido extremamente lindo. E isso eu não podia negar. Eu estava até mesmo revendo meu conceito sobre relacionamento homossexuais. Se Jungkook não fosse inválido, quem sabe eu não me interessava por ele.
