Em uma época onde o mundo está tentando se recuperar das consequências deixadas pela guerra, tenta-se encontrar formas mais rápidas de deixar o planeta bom de novo. Após grandes períodos de ódio gratuito, isso não é fácil. O amor é o único capaz de...
Se a sua vida for a melhor coisa que já te aconteceu, acredite, você tem mais sorte do que pode imaginar.
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— Certo, Yuri (...) Ok. (...) Eu sei. (...) Adeus. — Eu havia acabado de convencer Yuri de voltar mais cedo para Miami, já que era o Dia de Ação de Graças e eu gostaria de passá-los com minha família e amigos.
Jungkook dormia na cama dessa vez. Ele parecia exausto noite anterior que passamos em claro. Eu também estava, mas preferi arrumar minhas mãos pagar voltar a Miami, avaro decidindo que só levaria o necessário na mochila. Depôs Yuri mandaria alguém vim pegar o restante.
Já passava da uma hora da tarde, eu precisava pegar um táxi e correr até o aeroporto para que chegasse a tempo da comemoração. Eu pedi um táxi em frente a casa do Jungkook, e aproveitei o tempo que esperava ele chegar para subir até o quarto do inválido para me despedir.
Ele estava dormindo um sono pesado e profundo, eu fiquei com pena de acorda-lo. Ei não sabia se seria bom ter uma despedida, talvez eu apenas não quiser lidar com todo esse drama. Mesmo que Jungkook fosse um inválido, aparentemente insensível e sem coração, havia algo emocional ali. Era o sentimento de abandonar alguém que, eu sabia, não tinha ninguém. E eu não queria passar por essa situação, não queria deixar Los Angeles com esse sentimento de culpa. Apanhei um bloco ao lado da cama e escrevi um bilhete.
"Obrigado por ter sido amável. Eu sei que nós não nos tornamos legado do que ir esperavam, mas fiquei feliz pelo tempo que compartillhamos. Xx, seu Taehy."
Eu despejei um beijo no seu rosto macio antes de me por em pé e atravessar a porta, eu dei uma última olhada por cima do ombro. Adeus, inválido.
[🏳️🌈]
Eu encarava a cidade através dos vidros do carro. O taxista dirigia sem pressa. Eu acompanhava as gotas de chuva que começavam a cair, deslizando pelo vidro. Eu sentia que não deixava apenas Los Angeles para trás, mas também um pedaço, mesmo que bem bem pequeno, da minha vida. Era um universo paralelo. Outra realidade.
Eu sentia um certo remorso por estar deixando o meu inválido. Ele ficaria sozinho novamente e uma imagem triste se formava na minha mente. Jungkook, provavelmente, passaria o resto da vida mergulhado naquela solidão.
Ele merecia uma única vez ter alguém do seu lado.
O taxista freou em frente ao aeroporto, mas eu hesitei em descer. Eu deveria?
— Quer saber? Me leve de volta para casa! — Eu disse, rindo da minha infeliz ideia. Onde eu estava com a cabeça? O motorista me desviou um olhar estranho, como se eu tivesse algum problema mental. — Vamos!
Eu fiz questão de parar em frente à montanha e voltar por onde eu cheguei. Dessa vez, felizmente, eu não tropecei em nenhuma raiz de árvore. Bom, eu tomei mais cuidado. A chuva fina que caia já havia conseguido me deixar ensopado.
