HERMIONE GRANGER.
Eu sabia que estava fadada ao fracasso quando aceitei o cargo de monitora chefe junto com Pansy Parkinson. Meu inferno particular.
Não que ela não fosse competente para a monitoria. Ela era. Pansy conseguia ser insuportável de inteligente e esperta tanto quanto eu. A sonserina ainda era um enigma pra mim. Ela não era do tipo de se expressar utilizando palavras e dificilmente conversava comigo. Pansy era do tipo observadora. E nada me retraia mais do que os seus enormes olhos amendoados. A Parkinson conseguia me deixar estupidamente nervosa quando tentava me julgar com aquele olhar gélido que só ela conseguia ter.
E cá estava eu, tentando caminhar apressadamente ao lado da sonserina, que fazia questão de ficar na minha frente enquanto subíamos as escadas de Hogwarts, fazendo o caminho que nos levaria a sala de Minerva.
Pansy usava uma saia tão curta que nem mesmo sua enorme capa da sonserina era capaz de cobrir suas coxas torneadas. E enquanto ela subia os degraus, me dava a vista privilegiada da sua calcinha cor de rosa enfiada em sua bunda. Revirei os olhos. Eu sabia que ela estava fazendo isso de propósito. Pansy era gostosa. Senão uma das mulheres mais cobiçadas de toda Hogwarts. Ela exalava cheiro de sexo sujo e pecaminoso sem ao menos perceber.
Fui tirada de meus pensamentos quando paramos em frente à sala da diretora. Recitei a senha que ela havia nos passado e então, adentramos o local sem cerimônia.
— McGonagall, queria nos ver? — Pansy quebrou o silêncio. Enquanto se acomodava na poltrona em frente à enorme mesa amadeirada que se encontrava no centro da sala. Eu rapidamente me apressei em sentar ao seu lado.
— Ah sim! Que bom que chegaram. — Minerva se limitou em um sorriso. — Preciso da ajuda de vocês, meninas.
— O que aconteceu? — Indaguei. Curiosa. Dificilmente discutíamos os assuntos da monitoria com Minerva. Sempre resolvíamos apenas Pansy e eu.
— Bom... espero que vocês não surtem e ajam com sabedoria perante a esse pedido. — A diretora se ajeitou desconfortável na cadeira. Enquanto eu me pegava olhando a sonserina ao meu lado. Pansy estava alheia a mim e encarava Minerva com puro tédio. — Preciso que cuidem de uma criança.
— O que? — Parkinson perguntou.
— Eu disse que preciso que..
— Eu escutei diretora. — A menina cortou a fala da mulher. — Como assim cuidar de uma criança? Somos monitoras, não babás. — Céus. Pansy conseguia ser intratável as vezes.
— Minerva, por favor, prossiga. — Pedi. Ignorando Pansy.
— Bom... à cerca de 12 horas uma criança foi achava nos arredores de Hogwarts e ainda estamos tentando decifrar o que de fato aconteceu para que ela estivesse sozinha e desamparada. — A diretora soltou um longo suspiro. — Não é anormal pais desesperados largarem seus filhos perto desta escola, pelo contrário, é muito comum.
— Se é tão comum assim, por que temos que pegar essa responsabilidade? Cuidar de uma criança? Céus, diretora. Está enlouquecendo? — Pansy perguntou. Abismada. Bom, eu meio que concordava com ela. Se era tão normal, por que ela mesma não resolvia?
— Essa criança é diferente de todas as outras. Vejam só, a pequena bebê já despertou magia em apenas dois anos de vida. Não acham isso inusitado e peculiar? — Ela levantou um questionamento mas não obteve resposta alguma. — Por favor, peço que cuidem dela por apenas alguns dias, no máximo algumas semanas. Não posso deixá-la na enfermaria, Madame Pomfrey já é uma senhora de idade e tem muitos afazeres. Não há ninguém nesse castelo melhor que as duas monitoras chefes.
— Tudo bem. — Disse. Me dando por vencida. Ainda desnorteada com tantas informações. Mas definitivamente eu não via problema nenhum em cuidar de um bebê e Minerva parecia realmente querer descobrir mais sobre essa tal criança. Não custava ajudar.
— Tudo bem? Granger, você não pode decidir as coisas por mim. — A menina me encarou. Enraivecida. Eu suspirei. Levando uma de minhas mãos até sua coxa desnuda. Apertando firmemente.
— Parkinson. Faremos isso. — Afirmei. Enquanto ela me olhava. Estupefaça. Pansy dividia seu olhar entre meu rosto e minha mão. Que ainda pousava distraidamente em sua perna. Céus. Que vergonha.
— Que ótimo! Sabia que me ajudariam! Venham, vou levá-las para conhecer a menina. — A diretora saltou rapidamente de sua cadeira. Se retirando da sala. Deixando uma Hermione Granger e Pansy Parkinson atordoadas para trás.
***
— Não acha que deveríamos dar um nome para ela? — Perguntei. Enquanto adentrava o salão de monitoria que dividia com Pansy. Carregando uma bebê em meus braços. A sonserina não me respondeu. E quando virei para encara-la, não pude deixar de soltar uma sonora e arrastada risada.
Pansy estava abarrotada de bolsas da criança. Merlin. Não dava para enxergar-la no meio de tantas malas que Minerva insistiu que nós precisaríamos para o cuidado da bebê.
— Você sabe que poderia carregar as malas com magia, certo? — Indaguei.
— Sei, mas quero que você veja o quanto estou sofrendo com tudo isso. — Céus. Ela conseguia ser tão dramática.
— Não seja rabugenta, Parkinson. Já conversamos sobre isso.
— Não sou rabugenta. Apenas não vejo necessidade de você tomar decisões por mim.
— Eu não te obriguei.
— Você me induziu, Granger. Não se finja de santa.
— Você poderia ter negado.
— E deixar essa pobre criança desamparada aos seus cuidados? — Bufou. — Você esqueceria de sua existência assim que começasse a ler o primeiro livro.
— Você é ardilosa. — Revirei os olhos para Pansy. Enquanto caminhava lentamente até o meu quarto. — Poderia me ajudar? — Olhei em sua direção. Enquanto ela arqueava as sobrancelhas. — Fique com ela enquanto eu tomo um banho. — Pansy assentiu. Contragosto. Enquanto eu colocava o pequeno embrulho em cima da minha cama. A menina se deitava ao seu lado. Novamente com sua expressão entediada brincando em seu rosto.
— Não demore. — Ela resmungou. Autoritária.
Minutos depois, Pansy me pediu para fazer o mesmo. Invertemos a situação e ela como a abusada que era. Não se esforçou em tomar banho no seu quarto. Adentrou o meu banheiro como se fosse extremamente íntima do local. Revirei os olhos. Voltando minha atenção à bebê que dormia calmamente ao meu lado.
Ela tinha a pele levemente bronzeada, suas bochechas e nariz estavam rosados, talvez por conta do frio. Me apressei em cobri-la com um enorme edredom. E rapidamente voltei a analisá-la. Seus cabelos formavam pequenos e ralos cachos castanhos. Ela era linda. Sorri.
— Granger, onde posso colocar a toalha? — A sonserina me tirou de meus pensamentos quando saiu do banheiro e ficou parada em minha frente de calcinha e sutiã. Secando seu corpo. Fazendo pequenas gotículas de água pingarem em mim. Propositalmente.
— Pode estender ali. — Apontei para o pequeno varal improvisado em minha janela. A mulher ficou na ponta dos pés enquanto estendia a toalha. E eu não pude deixar de encarar sua bunda farta e arrebitada. Merlin. Como Pansy Parkinson conseguia ser gostosa. Engoli em seco. Desviando o olhar antes que ela me pegasse encarando seu corpo.
— Vou passar essa noite aqui. Se não se importar... Vamos ver se a criança vai dormir até amanhã ou se iremos ter trabalho com ela pela madrugada.
— Não me importo. — Me apressei em dizer. Escutando Pansy soltar uma risada nasalada.
A menina pegou um travesseiro de minha cama e colocou no sofá. Se deitando despretensiosamente. Com as pernas abertas em minha direção. Sua calcinha marcava sua buceta e parecia que eu entraria em combustão a qualquer momento enquanto meus pensamentos me traiam e eu me pegava imaginando como seria chupar a mulher deitada em meu sofá.
Merlin, a primeira noite bancando a babá ao lado de Pansy Parkinson seria longa.
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Rendidas - Pansmione.
RomanceToda provocação tem um preço, e toda redenção também. Onde Pansy Parkinson e Hermione Granger precisam aprender a lidar com suas responsabilidades conjuntas, seus sentimentos e desejos.