Capítulo 4 - Como assim?

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Eu estava deitado no sofá, sem forças para mais nada, quando ouço alguém bater na porta.

- Tá aberto, pode entrar – Tentei gritar, mas minha voz saiu fraca e falha. Segundos depois um Jisung preocupado invade o cômodo.

- Porque você não me atende e nem responde minhas mensagens? – Ele dizia olhando ao redor, provavelmente procurando meu celular, até que seus olhos param em mim – O que aconteceu Lele? Você tá muito pálido – Se aproximou de mim e se abaixou ao meu lado.

- Não sei, vomitei a tarde toda, mas não quis preocupar ninguém, então não contei – Disse baixinho.

- Vamos para o seu quarto, eu vou fazer alguma coisa leve para você comer – Me ajudou a levantar – Não dá pra ficar de estômago vazio

Assim que dei meu primeiro passo, senti uma tontura muito grande e quase caí, mas as mãos de Jisung me seguraram.

- Mudança de planos, vamos para o hospital, vou ligar para o tio Kun – Jisung disse com uma cara de preocupado. Tudo o que eu menos queria no momento era preocupar meu omma, já que ele estava muito ocupado no restaurante pois teria um evento de uma empresa grande por lá hoje.

- Por favor, não liga pra ele – Pedi – Chama o Hyuk, vê se o irmão dele está em casa, ele tem carteira e pode nos levar. Ele me ajudou a chegar no sofá e saiu de casa apressado, em direção à casa ao lado.

Como eu e Haechan éramos vizinhos, a melhor opção era chamar o Johnny. O único problema era saber se ele estaria ocupado, já que desde que ele começou a namorar um beta tailandês só o vejo poucas vezes.

Uns dois minutos depois, Jisung entra acompanhado por Johnny, Mark e Haechan, todos com cara de preocupação.

- O Jisung falou que eu já morri e eu não tô sabendo? – Sorri fraco – Eu só estou um pouco mal gente, deve ser alguma coisa que eu comi.

Tentei me levantar e imediatamente Jisung correu para me ajudar, eu devo estar com uma cara péssima para ele estar tão protetor assim.

- Pela sua cor, tá parecendo que você morreu mesmo – Hyuk comentou – Você tá mais branco que papel, Lele.

- Tem certeza de que foi alguma coisa que você comeu? – Mark perguntou com uma face preocupada.

- Tenho, eu devo ter comido- Quando eu ia falar, senti vontade de vomitar mais uma vez e reuni forças de onde eu não sabia que tinha para correr para o banheiro. Senti como se a qualquer momento eu fosse vomitar meu próprio estômago.

- Tenho uma ideia do que pode ser, mas acho melhor irmos ao médico para ter certeza – Johnny disse, pegando a chave do carro – Vou ligar o carro e esperar vocês na porta.

Depois que eu escovei meus dentes, saímos em direção ao hospital que, pelo fato de que estamos um pouco longe do centro, parecia não chegar nunca. Durante essa meia hora que passamos no carro, estava com a cabeça apoiada no ombro do Jisung, enquanto ele fazia um carinho leve em minha coxa, parecia que quanto mais eu respirava aquele cheiro de menta, mais meu estômago se acalmava.

Chegamos no hospital e enquanto o Johnny passava minhas informações à recepcionista, eu aguardava sentado, junto ao Jisung e ao casal marcado.

- Vocês realmente fizeram as pazes bem rápido pra quem ficou seis meses sem se falar – Donghyuk disse, ele sempre foi bem atrevido e nós meio que nos acostumamos a lidar – Com vocês deu certo essa de "depois do sexo tudo se resolve", já meus problemas começaram quando o alfa bêbado resolveu fazer meu pescoço de mordedor.

- Ei! Eu não tenho culpa se meu lobo simplesmente tomou o controle – Mark disse, levemente indignado – E eu tenho certeza de que você gostou das outras vezes depois dessa, ou eu devo te lembrar de você falan-

A culpa é sua! - Chensung ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora