cap 1

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Izuku pov

O coração de Izuku batia forte contra as costelas, um ritmo frenético que ecoava em seus ouvidos. Seus olhos, fixos na porta da sala de cirurgia, pareciam queimar. Cada segundo que passava era uma eternidade. A notícia de que sua mãe havia sofrido um infarto o havia lançado em um turbilhão de emoções, a esperança sendo a mais forte delas.

Finalmente, o médico surgiu no corredor, seu rosto sério contrastando com a alegria que Izuku sentia ao vê-lo. O jovem herói, com um sorriso tímido nos lábios, aguardava ansiosamente pelas boas novas. Mas a expressão do médico rapidamente apagou a esperança em seus olhos.

- Doutor... minha mãe... ela está bem? - A voz de Izuku saiu rouca, carregada de apreensão.

O médico suspirou, seus olhos cheios de pesar. - Infelizmente, não pudemos fazer nada, Izuku. Meus sinceros pêsames.

O mundo de Izuku parou de girar. A frase ecoou em seus ouvidos como um sino fúnebre, anunciando o fim de tudo o que ele conhecia. A dor que o atingiu foi tão intensa que por um momento ele pensou que não conseguiria respirar.

- Tudo bem... vocês fizeram o possível... - murmurou, forçando um sorriso que não alcançava seus olhos.

O médico colocou uma mão em seu ombro, oferecendo um gesto de conforto. - Sinto muito.

Com passos pesados, Izuku deixou o hospital. A vida, antes repleta de cores e sonhos, agora se apresentava em tons de cinza. A dor da perda era insuportável, mas ele sabia que precisava ser forte. Afinal, sua mãe sempre o havia ensinado a seguir em frente, não importa o que acontecesse.

Ao chegar em casa, uma sensação de vazio o envolveu. A casa, antes cheia da alegria e do calor de sua mãe, agora parecia fria e estranha. Izuku não sabia o que o aguardava, mas uma pressentimento de que algo estava errado o assombrava.

A chave girou na fechadura, ecoando no silêncio da casa. Izuku entrou, arrastando os pés pelo chão frio. A sala estava exatamente como ela havia deixado: o sofá desarrumado, a televisão desligada, o cheiro familiar de bolo de chocolate pairando no ar. Mas agora, tudo parecia tão... vazio.

Subiu as escadas, o coração apertado a cada degrau. Ao entrar em seu quarto, procurou em vão por algo que o fizesse sentir a presença de sua mãe. Seu olhar percorreu os pôsteres de heróis nas paredes, o desenho que ela havia feito para ele quando era criança, a coleção de mangás que tanto amavam ler juntos. Cada objeto era uma lembrança viva de tudo o que havia perdido.

Deitou-se na cama, as lágrimas rolando livremente pelo seu rosto. A dor era física, uma pontada aguda no peito que o impedia de respirar fundo. Aos poucos, a raiva começou a se misturar com a tristeza. Por que ela? Por que tinha que ser ela? Tantas perguntas sem respostas ecoavam em sua mente, aumentando ainda mais o seu sofrimento.

No dia seguinte, Izuku acordou com o corpo dolorido e os olhos inchados. Levantou-se da cama e foi até a cozinha preparar o café da manhã, um ritual que antes compartilhava com sua mãe. Ao sentir o aroma do café recém-feito, uma onda de nostalgia o invadiu. Lembrou-se das conversas que tinham enquanto tomavam café, dos planos que faziam para o futuro.

Continua....

sono...

Bay......

não sou o mesmo não maisOnde histórias criam vida. Descubra agora