Fying on a switch,

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 2— Fying on a switch,

CEDRICO Pov

Eu tinha que confessar.

Harry era tão bonito que doía olhar para ele.

Ver os cabelos negros e bagunçados, espalhados pelo feno, a pele bronzeada pelas vezes ficava andando a cavalo no sol, em contraste com a de Draco, mais clara e sem imperfeição alguma.

Os dois pareciam ter uma sintonia assustadora, nos movimentos, nas juras de amor sussurradas entre gemidos, nas peles se roçando cada vez mais.

Draco parecia agir ao redor dele como se o garoto fosse uma pedra preciosa, segurando sua cintura como se segurasse uma taça de cristal.

Era difícil eu acabar presenciando cenas como aquelas.

Como a única pessoa que chegou a se importar comigo na cidade era Draco, hoje em dia eu não tinha muito o que fazer.

Ajudava minha avó em casa e depois ficava vagando por todos os lugares, principalmente em eventos onde estavam todos, como o casamento de algumas pessoas que acontecia hoje.

Eu era conhecido como uma barata por toda a cidade, me embrenhando em todos os lugares.

Gostava de escalar, de subir, de conhecer e era isso o que fazia.

Tentava ter tantos segredos para guardar, quanto a árvore mãe.

No geral, Draco e Harry costumavam ser prudentes nos lugares onde faziam amor. Em uma das minhas rondas pela cidade, havia pego apenas uma vez em um lugar afastado na pequena mata que cercava a região.

Perto de um lago que eu descobrira por acaso, eu os vira no que eu acreditava ser a primeira vez, já que Draco parecia excepcionalmente preocupado, sempre sussurrando para que o garoto ficasse calmo, que ele não iria lhe machucar.

Não pude deixar de pensar que dessa vez Harry não parecia nem um pouco temeroso com as pernas bonitas enroscadas ao redor da cintura dele, gemendo baixinho a cada estocada.

Ás vezes eu me sentia um completo idiota por pegar eles em momentos assim, e ficar ao invés de ir embora.

Uma parte masoquista de mim tentava fingir que eu estava no lugar do bonito garoto, mas em geral era impossível funcionar.

Draco nunca teria aquele olhar em chamas ao me fitar, nunca iria enlouquecer daquele jeito insano e prazeroso comigo.

Eu não era Harry. Nunca seria.

Deitei de forma largada sobre a parte superior do celeiro de reabastecimento da cidade, que o pai de Harry era responsável, ainda ouvindo os resmungos de prazer e os elogios gemidos por Draco ao corpo de seu belo parceiro.

Porque ainda me importava com Draco o suficiente para não querer que ele fosse apanhado ali.

Algum tempo depois, ouvi um longo silêncio, e me virei de lado, observando pela fresta de madeira que agora Draco estava em pé, olhando ao redor para ter certeza que ninguém vinha enquanto Harry se vestia.

Não pude deixar de reparar no corpo forte dele, nos músculos já formados, que passavam um ar de masculinidade que fazia muitas moças enlouquecerem.

Harry também tinha um corpo bonito, mas de forma mais delicada. Era suave e belo. A pele dele tinha um tom bonito, lisinha, e sua magreza o fazia soar muito charmoso.

Formavam um casal espetacular.

E doía saber disso.

Assim que ambos estavam vestidos, se largaram abraçados num canto, rindo baixinho enquanto Harry recitava como tinha sido imprudente em agarrar ele daquela forma, mesmo que seu sorriso mostrasse que não estava nem um pouco arrependido com o acontecido.

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