Witches gonna die

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Boa leitura

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4 – Witches gonna die

Cedrico Pov

— Vem, vem – Chamei puxando o cavalo até a entrada, e finalmente pude montar ele, trotando apressado para o centro, até chegar na igreja, amarrando ele a um dos postes e depois disso segui para a sacristia pelos telhados, entrando até as celas, vendo com um aperto no coração os dois encostados na parede que os dividia, com as mãos para fora das celas, entrelaçadas.

Harry dormia, parecendo vencido pelo cansaço, mas Draco tinha os olhos congelados e desolados bem abertos.

— Eu peguei seu cavalo na fazenda. Vamos, preciso dar um jeito de tirar vocês dai. Faltam poucas horas para amanhecer o dia. Só tem um guarda ali na frente. Dá para passar por ele.

Draco ergueu os olhos para mim, parecendo avaliar.

— Eu não estou fazendo por você – Falei finalmente, me ajoelhando para acordar Harry, que piscou atônito, me fitando com estranheza.

— Ced? — Doeu ouvir ele me chamar por um apelido, ainda mais pelo tom de voz sem qualquer receio ou mágoa.

— Sou eu. Acorda, Harry. Precisamos tirar vocês da cela. Rápido. Passei pelo conselho. Eles estão considerando minha ideia. Algumas pessoas falaram que Harry era um garoto muito doce e gentil, as moças falaram que é muito belo. Estão começando a acreditar que você tem sangue de bruxa.

— Então vão deixar o Draco viver? — Bradou sorridente, e eu neguei.

— Eles dizem que Draco está corrompido demais. Vão queimar vocês dois pela manhã.

— E o julgamento?

— Como acham que Harry é uma bruxa, vão poupar vocês de julgamento. Vão apenas queimá-los – Informei tudo o que tinha ouvido quando fui até lá para retirar as queixas e quem sabe amenizar a situação.

Porque depois de ficar cinco minutos ali ouvindo, e ver a culpa e a preocupação comigo dentro dos olhos do garoto condenado, eu tinha entendido que seria demais pedir para Draco não ter se apaixonado por ele.

Era impossível.

Harry era muito mais do que o garoto mais belo da cidade.

Era também o mais incrível.

Havia se compadecido pela minha história, e mesmo sabendo que iria morrer por minha culpa, eu não via acusação em seu olhar.

Apenas uma doçura genuína.

— Mas... Snape me conhece desde que sou um bebê! Ele conhecia minha mãe!

— Sua mãe morreu em um incêndio, não é Harry? Ele usou isso como reforço para dizer que provavelmente ela também era uma bruxa e enganou ele. Caso contrário, ele também seria condenado por ter acobertado ela. Ele... diz que a culpa é de seu pai. Que os dois deveriam ser malignos.

— Isso é ridículo! — Rugiu Draco se erguendo e eu suspirei.

— Como podemos tirar vocês das celas?

— As chaves – Harry apontou para uma das caixas de bíblias da sacristia e eu revirei os olhos ao encontrar elas ali, totalmente óbvias.

Abri as celas, e tentei não me sentir mal com o abraço desesperado seguido de um longo beijo que ambos deram, e os apressei com um resmungo, revirando os olhos ao ver Draco tomar Harry no colo para passarmos pelo teto da igreja, já que era a única forma de entrar e sair sem que passássemos para a entrada onde estava vigiada.

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