Capítulo 15

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5 de março, sexta-feira

Isa: bom dia! – a mulher cumprimenta os colegas ao entrar na sala dos professores às sete horas da manhã.

Gabi: bom dia, Isa! A Paula acabou de nos contar o que houve com a mãe do Júlio ontem, você ficou sabendo?

Isa: sim, fiquei até tarde fazendo companhia a ele.

Guido: mas já está tudo bem, não é?

Isa: sim, a dona Emma saiu bem da cirurgia e o Júlio já estava mais calmo quando fui embora. Provavelmente ele não virá hoje...

Rhener: não mesmo. A Paula me repassou as aulas dele.

Gabi: as crianças nem irão amar trocar a aula de química pela de educação física, né? – diz irônica e os colegas concordam. A maioria dos que estavam ali presentes deixaram a sala, restando apenas Isabela, Agustina e Gabriella.

Agus: então quer dizer que a senhorita ficou consolando o Julinho a tarde toda?

Isa: nem começa, Agustina... – ela solta um risinho – Até porque... a ex-namorada dele estava com ele no hospital quando eu cheguei.

Gabi: o que?? Conta mais desse babado!

Isa: a ambulância levou a mãe do Júlio para o Hospital Durant e eu acabei indo para o Hospital Central...

Agus: a lerdeza marcando presença.

Isa: pois é, e aí quando eu cheguei no hospital certo, os dois estavam abraçados e os rostos estavam bem próximos...

Gabi: como se fosse rolar beijo?? – Isabela assente – Vou confessar uma coisa pra vocês, mas fica só entre a gente, viu? Nunca fui com a cara de sonsa dela. Muito nojentinha pro meu gosto. Você não chegou a conhece-la, não é Agus?

Agus: não, acho que já haviam terminado quando eu cheguei.

Isa: nem queria falar, mas ela foi super antipática comigo.

Gabi: graças a Deus o Júlio terminou com ela!

Isa: não fala isso, Gabi. Se ele estava com ela é porque havia sentimento.

Gabi: ele já estava insatisfeito com algumas atitudes da Ísis a um bom tempo, mas não sabia como terminar – a ruiva dá de ombros ao terminar de falar – acho que ele começou a perceber o tipo de pessoa que ela é.

Agus: mas quem somos nós pra falar alguma coisa, não é mesmo? Chega de fofoca e vamos trabalhar porque hoje é dia de aplicar prova e eu estou animada.

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Júlio: tem certeza que não está sentindo nada? – ele pergunta preocupado. Emma já havia recebido alta do hospital e eles acabavam de chegar na casa dela.

Emma: tenho, meu filho, fique calmo. – disse se acomodando em sua cama.

Júlio: a senhora ouviu o médico, né? Nada de fazer esforço, nada de ficar andando por aí, comidinha leve e tomar os remédios nos horários certos.

Emma: e quem vai fazer essa comidinha leve pra mim se eu não posso ficar andando por aí, como você mesmo disse?

Júlio: ué, eu estou aqui fazendo o que?

Emma: Júlio, você não frita um ovo na sua casa que eu sei. E isso é outra coisa que nós precisamos conversar. Você precisa se alimentar direito, Júlio! Ficar comendo só besteira vai prejudicar a sua saúde! E eu não confio nessas comidas de aplicativo. – ele solta uma risada como se lembrasse algo – Está rindo do que? Estou falando sério, filho.

Júlio: eu tô rindo porque não é a primeira vez que escuto isso em menos de três semanas...

Emma: como assim?

Júlio: nada não, esquece...

Emma: tá bom, mas promete que você vai começar a se alimentar bem? Não quero filho meu morrendo antes de mim.

Júlio: credo mãe, vira essa boca pra lá!

Emma: promete?

Júlio: prometo – diz revirando os olhos.

Emma: acho bom. Agora deita aqui com a mamãe, estou precisando de um carinho de filho – a mulher diz apontando para o espaço vazio em sua cama.

Júlio: mãe, eu preciso resolver umas coisas e...

Emma: tudo bem então, vai lá resolver e eu fico aqui sozinha, sem ninguém pra chamar caso aconteça alguma coisa...

Júlio: que dramática você é! – ele ri – Tá bom, vou ficar só um pouquinho - Júlio se deita ao lado da mãe e a mulher rapidamente o aperta em seus braços.

Emma: coisinha fofa da mamãe!

Júlio: para mãe!

[Celular do Júlio]

[Celular do Júlio]

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Emma: conheço essa cara

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Emma: conheço essa cara... está conversando com quem?

Júlio: Isabela, uma amiga... – ele se prepara para levantar da cama.

Emma: amiga, sei...

Júlio: já que a senhora está tão interessada, ela estava perguntando sobre você.

Emma: sobre mim? E o que ela perguntaria sobre mim?

Júlio: mãe, não sei se a senhora lembra, mas você acabou de sair de um hospital após ser baleada dentro de casa, então provavelmente é sobre isso que ela perguntou – diz sendo irônico.

Emma: ata... Isabela, né?

Júlio: sim. Bom, eu vou lá na cozinha ver o que consigo fazer para a senhora almoçar. E vê se dorme um pouco, viu?

Emma: ai meu deus, já estou vendo que minha cozinha vai ficar uma zona!

Onde Tudo Começou (Isulio)Onde histórias criam vida. Descubra agora