Capítulo 01

108 5 33
                                    

Maya 🌊

Fiz cafuné na cabeça dele enquanto ele já dormia nos meus peitos.

Fiquei pensando em como eu tava fudida quando chegar em casa, tinha matado aula, e certeza que já tinha chegado no ouvido da minha mãe isso, tô até me preparando pro sermão e esculacho dela e do meu pai.

Depois de um tempinho ele acordou e ficou me encarando, certeza que me falar algo, quando fica assim é certo que é isso.

— Tá sabendo da nova? — Ele falou e eu neguei, não sabia real.

— O que é?

— Adivinha.

— Aí, Gaguinho eu não sou vidente meu anjo. — Falei e ele revirou os olhos.

— Lavínia tava pedindo aval pro marido dela, pra que ela pudesse te descer a madeirada. — Ele falou e eu ri, garota maluca.

— Sério isso? — Ele concordou. — É o auge dos auge isso, primeiro que o assunto nem com ela é, não tem nenhum direito de se meter.

— Mas tu sabe como é, pra tua sorte o cara não autorizou. — Falou e suspirei.

— Que vadia do caralho, quem vai descer a madeirada nela sou eu. — Ele riu e se jogou encima de mim.

— Tão bonitinha quando tá bravinha minha gata. — Ficou dando um monte de beijos no meu cangote.

— Sou bonita de qualquer jeito. — Dei um selinho nele e me levantei vestindo minha farda enquanto ele me olhava, calcei meu tênis e ele falou.

— Tua beleza ultrapassa qualquer outra merma. — Fiquei por cima dele e comecei um beijo enquanto ele acariciava a minha cintura.

Me levantei e peguei minha mochila e coloquei ela nas costas, tirei o celular do carregador e vi que não tinha nenhuma mensagem dos meus pais, sabia que tava fudida e que eles estavam só me esperando pra mim esculachar, coloquei ele no bolso da calça e olhei pro Gaguinho.

— Eu tô fudida, talvez eu não apareça por aqui esses dias, mas logo volto.

— O que custava tu esperar a Marina, e vocês virem de noite aqui? Tu é teimosa pra caralho gatinha. — Se levantou vestindo a bermuda e a camisa.

Passei pela sala e a mãe dele tava tão concentrada no celular que eu não quis nem mexer, saí da casa dele e ele veio logo atrás, passei pelo outro portão e fiquei esperando ele tirar a moto dele da garagem.

E fiquei observando ao redor, tinha aquelas véia fofoqueira olhando como sempre pra vida dos outros, tinha uns homens do outro lado da rua observando todo o movimento da rua, bem provável que seja os comparsas do Gaguinho.

E as mina me olhando com a cara mó feia, não tava nem aí, que se lasque, cara feia pra mim é fome.

Aos céus o Gaguinho saiu com a moto, já com o cabacete na cabeça e o outro na mão, ele me deu, eu coloquei e subi na moto e ele acelerou.

— Me deixa uma rua antes do meu condomínio, pra não dar merda. — Eu falei pra ele que assentiu com a cabeça, morava perto do jacarezinho, num condomínio que tinha próximo dali.

Em questão de uns 12 minutos ele me deixou numa rua antes.

— Tá suave mesmo eu te deixar aqui? Não é perigoso? Já é finzinho de tarde pô. — Desci da moto entregando o capacete pra ele e ajeitando minha mochila nas costas.

— É não, olha só. — Apontei ao redor onde pessoas passavam. — É movimentado, não tem perigo, ter tem né, mas tem bastante gente indo e vindo.

— Tá bom, então qualquer coisa aciona. — Me puxou até onde ele tava com a moto e me beijou. — Te amo maluca.

— Eu também, ordinário. — Sorri e dei tchauzinho indo em direção ao meu condomínio.

(…)

Assim que cheguei na rua da minha casa vi o carro dos meus pais estacionado, já tinham chegado do trabalho. Moro naqueles condomínio que não tem muro e aquelas coisas.

Abri a porta e já dei de cara com os dois na sala sentando no sofá com a cara no notebook.

Fechei a porta e eles logo olharam na minha direção.

— Senta aí. — Minha mãe falou e apontou pro sofá logo a frente deles, sentei e olhei pro meu pai, ele tava com a cara mó séria.

— Caramba cara, o que te falta? — Meu pai perguntou e eu olhei pra minha mãe que me olhava com a cara mais séria do mundo.

— Nada...

— Tu tava pra onde? — Minha mãe perguntou.

— Andando por aí com as meninas. — Mentira, tava sentando num macho aí, realmente tava andando por aí com as meninas.

Mas desviei só um pouco o caminho.

{…}

Maya Uchôa.
17 anos.

Matheus Silva (Gaguinho)24 anos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Matheus Silva (Gaguinho)
24 anos.

Matheus Silva (Gaguinho)24 anos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Destinados Onde histórias criam vida. Descubra agora