Maya 🌊
— Tá mentindo! Matou aula porquê? A gente dar a maior confiança do mundo pra ti, deixa tu sair, não te impedimos, a gente só quer que tu jogue limpo com a gente Maya, e que tu estude, apenas isso. — Minha mãe falou e já fiquei na minha.
— A gente ficou preocupado cara, as coisas hoje em dia não tão fáceis, é tanto sequestro, tu sai daqui dizendo que vai pra escola, tu aparece lá na porta mas nem entra e some. Tem como não ficar preocupados? — Meu pai falou e só tava na minha.
— Não vai se repetir mais. — Falei e quando ia me levantar meu pai tornou a falar.
— Tu anda na linha com a gente, se não teus luxos vão ser tudo cortado. E tô falando sério. — Assenti e subi as escadas pro meu quarto.
Joguei minha mochila num canto e tirei meu tênis e me joguei na minha cama pensando.
(...)
20:00 da noite.Tinha acabado de fazer uma escova no meu cabelo e passei o meu perfume, tava esperando a Marina chegar pra gente sair.
Fiquei sentada na beira da cama olhando pra minhas unhas, tava precisando fazer ela.
Minha mãe entrou no meu quarto e sentou do meu lado.
— Se a gente fala é porque a gente te ama e se preocupa, não fica com raiva ou chateada não, tá bom? — Concordei e ela me abraçou.
— Marina chegou?
— Já sim, vai lá e toma cuidado. — Assenti e ajeitei minha roupa, tava com um short jeans preto e uma camisa grande da Nike preta e uma havaianas branca, mó calor.
Peguei meu celular e desci as escadas e ela tava no sofá sentada tirando foto.
— Bora rapariga. — Falei e ela me olhou sorrindo.
— Tu aprontou né safada? — Riu e se levantou.
— Já tá sabendo? — Ela assentiu e saímos pra fora.
— Sei de tudo. — Ficamos esperando um Uber pra ir pro jacarezinho.
Marina é minha tia, mas não chamo ela de tia, porque a gente se trata como irmã e melhor amiga, e isso foi desde sempre, a diferença de idade não é muita não, e eu tenho 17 e ela 23.
Branca, forte dos cabelos cacheados, ô mulher linda.
Questão de minutos o Uber deixou a gente no jacarezinho.
A gente foi andando até o campinho e batendo papo.
— Ela se intrometeu? — Marina perguntou.
— Pediu até o aval pro marido dela, já pensou?
— Se o papo era com a guria lá prima dela, ela não tinha que se meter não.
— Sim, tu sabe quem é o marido dela?
— Mulher, pra te falar a verdade, dizem que ele é o frente da Rocinha e um dos chefes do comando. — Arregalei os olhos.
— Nunca vi ele por aqui. — Chegamos no campinho e tava cheio de moto ao redor e bastante gente.
Nós duas fomos até a beira do campo, hoje teria jogo dos caras, cada time apostando de 2 mil reais pra cima.
Vi o Gaguinho todo equipado numa rodinha com os caras e mandei um guri chamar ele.
Olhei pro lado e a Marina olhava pra todos o cantos.
— Acho que ele não vem não. — Ela falou e suspirou se apoiando na grade.
— E aí minha vida. — Gaguinho chegou do meu lado passando o braço pelos meus ombros.
— Oi. — Falei e sorri pra ele.
— Qual foi Marina? O teu macho já tá aí, vai jogar também. — Gaguinho falou e ela fez cara de deboche pra ele.
— Meu macho não, ele não é meu. — Ela falou e a gente riu, ela tem um caso com o gerente do Nova Holanda, os dois são igual ioiô, mas claro que é tudo no sigilo, já que ela tem o "namorado" dela.
O juiz que ia apitar o jogo tava no meio do campo e chamou os meninos.
— Marca um pra mim lá. — Falei e ele concordou indo.
— Bora lá pra arquibancada sentar? Vamo achar uma vaga pra sentar. — Marina falou e eu concordei.
— Se ainda tiver né. — Entramos no campo e atravessamos indo até a arquibancada do outro lado do campo, tava cheia de gente mas achamos uma vaga pra sentar.
Ficamos no terceiro degrau da arquibancada.
Senti alguém me cutucar do meu lado e quando olhei era a Marina.
— Tá alí o marido da Lavínia. — Sussurrou no meu ouvido e apontou com o olhar.
Ele tava no primeiro degrau de cima da arquibancada com a vagabunda, cabelo de menstruação do caralho.
Olhei rápido e vi que os dois estavam me encarando e logo virei pra frente olhando pro campo.
O cara até que é bonitinho.
— Ela tá grávida dele, Deus que me perdoe, mas acho que ela trai ele. — Marina sussurrou e eu olhei pra ela.
— Acho que é ele, ou talvez os dois. — Dei de ombros e o jogo começou.
{...}
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Destinados
FanfictionNosso destino foi cruzado por alguma coisa, por um aprendizado, não sabemos, só sabemos que fomos destinados a nos conhecer, e nos amarmos, e a sermos uma família independente de tudo, estão juntos ou não, realmente somos conectados, temos essa cone...