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Já era a terceira noite seguida que eu sonhava com Henrique usando fraldas.

Todas em situações super aleatórias: ele em um bar, vestindo nada além dela; ele como presidente, fazendo um discurso; ele vendo aula na faculdade.

Eu não sabia se ele havia percebido que eu tinha notado, mas se sim, nada comentou.

Até considerei, de primeira, que ele não era pra ele, que não era possível que fosse dele.

Mas claro que era possível; afinal, eu usava, não é?

Agora quais eram as chances de nós dois acabarmos parando na mesma casa? Quer dizer, talvez o dele não fosse fetiche, mas necessidade, só que algo me dizia que não era isso.

De dia eu conversava com ele tranquilamente, porém sempre tentando achar alguma pista de que ele estivesse usando a fralda ou alguma menção à isso.

Depois de uma semana convivendo, havia uma estranha tensão sexual entre nós. Eu sabia, ele sabia, mas nenhum de nós dois comentávamos seriamente.

Um dia, pela tarde, enquanto eu estava deitada na minha cama com minha fralda, mal tive tempo de me cobrir antes dele entrar.

-Sabe bater não?!

-Opa, desculpa. Eu ia perguntar se você não quer visitar minha faculdade comigo. Vou ter que buscar uns documentos lá e achei que talvez você quisesse ir conhecer como é a federal.

Dei de ombros, aceitando e mandando ele ir embora porque eu iria me trocar.

Pensei se valeria a pena tirar a fralda, mas ela estava limpinha, então só botei minha calça por cima e fui na fé.

Ele tinha carro, então o caminho foi bem mais tranquilo que de ônibus. Ele estava me explicando da fundação do curso dele, da dificuldade que foi construir o prédio deles porque de inicio aquilo era apenas uma forma de lavagem de dinheiro, com uma "obra em andamento!" que nunca chegava ao fim, até que diversos estudantes protestaram e fizeram greves para que o reitor se manifestasse e apressasse a construção.

-Como você sabe isso tudo?

-Eu gosto de pesquisar coisas. Conhecer a história dos lugares que eu vou.

-Tem certeza que não deveria estar num curso de humanas?

-Deus me livre. Até gosto da ideia, mas não tenho psicológico pra aguentar qualquer curso desses.

Ri junto com ele, mas parei quando percebi que estávamos chegando no campus, e aquele lugar era realmente lindo.

Lindo e enorme, realmente uma cidade universitária.

Passamos por diversos prédios, um mais lindo que o outro, até chegarmos no dele, um prédio de 4 andares em tons de azul e branco.

Desci do carro com ele e vi ele cumprimentando algumas pessoas, parando pra conversar com outras, e eu só conseguia pensar em como ele já conhecia tanta gente com tão pouco tempo de curso.

-E aí, Henrique?- Um homem fez um cumprimento com ele- E quem essa, sua namorada?

-Não. Bom, ainda não.

Revirei os olhos, mas deixei escapar um sorrisinho de lado.

Eles ficaram conversando por uns 5 minutos até se despedirem e nós caminharmos até a coordenação do curso.

Vi Henrique apoiado com a mão na mesa, o tronco levemente curvado pra frente enquanto, com seriedade, ele resolvia seus problemas.

Eu tinha uma queda por homens de braços fortes, que era justamente o caso dele, então ver ele ali, daquele jeito, combinado com o fato de que eu imaginei ele talvez usando fraldas para a faculdade, comecei a me sentir excitada, querendo pular no pescoço dele e agarrá-lo ali mesmo.

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