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Avani Gregg
"Desculpa..."
Foi a única palavra ouvida naquele carro, que por sinal, me deixou extremante confusa. Desatei o abraço, por mais que eu gostaria de continuar ali até meu último suspiro. Pude ver que ela também chorava.
- P-por quê está pedindo desculpas? Eu gritei com você... - me pronunciei enquanto limpava minhas lágrimas com as minhas mãos.
- Você... Você precisa saber o que aconteceu em Londres. - ela falou firme e suspirou antes de prosseguir. - Quando eu me afastei de você, foi por causa de algumas coisas do trabalho. E quando eu contei para mídia que eu estava 'namorando' a Madi... Era marketing, eu nunca amei ela, Avani. - sua voz estava baixa, seus olhos estavam marejados e sua boca entreaberta. Senti seu olhar queimar em mim, que estava olhando para baixo, enquanto lágrimas caiam dos meus olhos sem nenhum esforço.
Eu estava em choque. Era tudo mentira? Mas... Se ela tinha consciência que seria três anos... Por que ela assinou a merda desse 'contrato'? Isso não faz sentido...
- Avani? Fala alguma coisa, por favor. - ela pede com a sua voz trêmula.
- Você amava sim, aquela garota. - foi a primeira coisa que disse com toda certeza do mundo e encarei ela, que parecia assustada e confusa. Ri sem humor. - Eu via suas fotos com ela, Charli. Eu via nos seus olhos que a amava. Estava nítido. - suspiro, desviando o meu olhar do seu. - E... Está tudo bem. Está tudo perfeitamente bem. Você encontrou alguém novo, se apaixonou de verdade... Eu só não entendo, o porquê de você mentir para mim dizendo que era apenas um contrato. - digo segurando o choro, encaro ela novamente.
- Você acha que eu estou mentindo? - ela me pergunta incruelada. - Avani eu voltei por você! Eu voltei porque ainda te amo! Eu voltei porque eu quero você! Será que não entende? - sua voz agora estava levemente alterada. Eu não tinha reação, eu senti verdade no que ela disse, mas as vozes na minha cabeça diziam que não, diziam que ela venho por qualquer pessoa, menos por mim.
- Avani... - ela me chamou, agora com o tom de voz calmo e pegou uma das minhas mãos que arranhavam minhas coxas, senti todo meu corpo arrepiar com o seu toque. - Eu não amo ela, eu amo você. - encarei ela que estava com um pequeno sorriso confortante. - Acredita em mim... Por favor. - ela pede e eu suspiro fechando meus olhos, logo depois, sem pensar duas vezes, deixo meu orgulho de lado e passo para o banco do motorista, sentando em seu colo e a abraçando fortemente. Ela retribuiu passando seus braços pela minha cintura e colocando sua cabeça em meu ombro. Pus minha cabeça no vão do seu pescoço, inalando seu perfume, que por incrível que pareça, continuava o mesmo.
E foi nessa hora, que as cores começaram a voltar. É como se todo o preto e branco solitário que estava minha vida, tivesse ganhado cor novamente.
A sensação de borboletas na barriga... Essas malditas borboletas.
Ficamos bons minutos assim, até ela sair do abraço com um grande e lindo sorriso no rosto, suas bochecha e seu nariz estavam levemente corados por conta do choro, mas fazia a mesma ficar extremamente fofa.
Charli colocou suas mãos nas minhas bochechas, acariciando o local, me fazendo fechar os olhos enquanto sorria tentando aproveitar o máximo aquele momento, já que eu sei que pode acabar a qualquer momento.
Senti sua respiração contra o meu rosto, então, abri os olhos rapidamente, vendo que a mesma se aproximava lentamente do meu rosto. Meu coração ficava cada vez mais acelerado, eu estava ansiosa para sentir o contato de seus lábios nos meus novamente depois de anos. Sendo assim, quebrei a distância que existia entre nós, puxando seu pescoço, sentindo nossos lábios se chocarem. Cada pelo de meu braço se arrepiou, uma de suas mãos acariciavam minha cintura e a outra estava na minha nuca.
Ela pediu passagem com a língua, que logo foi concedida por mim, meus braços estavam em volta do seu pescoço, puxando ela mais para mim.
Quando ar acabou e se tornou um problema, nos separamos com alguns selinhos, enquanto tentavamos controlar nossa respiração ofegante. Olhei para ela que sorria, fiz o mesmo. Nos abraçamos novamente, sentindo meu corpo relaxar.
- Eu senti sua falta... - ela sussurra em meu ouvido e fecho os olhos.
- Eu também, mais do que possa imaginar. - sussurro de volta, sentindo ela apertar mais o abraço.
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