Capitulo 1 - A escolhida

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17 ANOS ANTES

- Isso, mais um pouco para cá, calma. Peguei! Puxe devagar, e...nossa menina chegou! - Falou o simpático médico à Helena. - Muito bela, muito bela! Qual seu nome?

- Meu amor! - Helena chorou. - Seu nome será Katherine, doutor.

- Ora, ora! Seja bem vinda ao mundo pequena Kate!

~~**~~

- Minha Afrodite! - Himerus ergueu as mãos, saudando-a.

- Digas, sangue de meu sangue! - A imponente, Deusa da beleza, permanecia sentada em seu trono.

- Mãe de toda beleza, minha Gaya está brotando, devo me apressar. - Himerus baixou a cabeça em pedido de aprovação.

- Siga tua ânsia, filho meu! - Afrodite estendeu a mão em sua cabeça.

Em um pequeno espaço de tempo, Himerus estava ao lado de Helena, invisivelmente, aguardando a chegada de sua Gaya.

- Olhe, ela tem uma marca de nascimento! - O doutor mostrava o pequeno pulso de Kate, a Helena.

Helena olhava o pequeno bracinho de sua filha recém nascida e pode identificar em meio a pequenos borrões que, a imagem era como um "U" com pequenas asas. Ela achou tão divino que acreditou ter dado a luz a alguém muito especial para Deus. Ele teria um propósito para ela. Seu coração se encheu de alegria.

Himerus, acompanhava a cena e não desviava o olhar de sua Gaya. Ele deveria acompanhá-la de hoje em diante, por toda a sua eternidade.

Não era comum para Deuses marcarem suas mulheres. Mas para ele, Gaya se tornaria alguém especial e não apenas mais uma humana a diverti-lo. Estava cansado de usar humanas para sua satisfação carnal e ter que apagar suas memórias no dia seguinte. Essas, eram apenas humanas. Mas ela seria diferente. Sua Gaya viria até ele, se apaixonaria sem magia. Ela se entregaria a ele de livre e espontânea vontade. Geraria sua prole e continuaria por toda a eternidade lhe dando prazer e recebendo prazer absoluto. Os pêlos de seus braços, agora humanos, se eriçavam com a imagem de sua Gaya nua, gemendo debaixo de seu comando.

Himerus aguardava discretamente sentado perto do berçário, para vê-la novamente. Logo, pôs-se ao seu lado.

- Oh, minha Gaya...Quão linda és? - Himerus passava o dedo indicador na frágil bochecha de Kate e continuou. - Esperei por uma eternidade para ver seus belos traços então, a acompanharei a cada milésimo de segundo de seu mundo, até o momento marcado.

Assim, Himerus sentindo a presença de humanos, desmaterializou-se imediatamente.

Os anos humanos foram passando lentamente para Himerus que, pacientemente aguardou. Em cada passo, primeiras palavras, enfim. Cada primeira conquista de Kate, Himerus era o seu anjo guardião. Nenhum mal a afligia. Ele estaria sempre ao seu lado, na forma imaterial.

Himerus não permitia que sua Gaya se machucasse ou que alguém a fizesse mal.

Num pequeno momento, quando Kate tinha três anos e brincava no jardim de sua casa, Himerus sentado logo à frente, imaterializado, em meio às flores, viu Kate se aproximar e tocar uma das rosas ali presente. Em uma distração de Himerus, Kate espetou o dedo em um de seus espinhos e começou a chorar. Ele imediatamente tomou sua pequena e frágil mão, e sugou o sangue que rapidamente cessou e curou seu dedo. Kate sorriu para o seu anjo da guarda.

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