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- Certo, é isso. Cansei.

- Andrea! Cosa fai? (o que está fazendo?) - a italiana questiona quando, sem mais nem menos, seu irmão toma o telefone de suas mãos.

- Estou livrando você desse vício terrível - sem observar o conteúdo da mensagem, Andrew apenas bloqueia o aparelho, guardando-o no bolso de seu casaco antes que a irmã o convencesse do contrário.

- Andrea...

- Não quero saber! Combinamos que hoje seria diferente, tá legal? Que sairíamos para beber um pouco, descansar a cabeça e tentar não pensar em problemas.

- Aquilo não era um problema - Carina aponta para o bolso do irmão, que apenas toma o último gole de seu whisky, dando de ombros - Talvez fosse até a solução - ela murmura.

- Maya, hum?

Era impossível guardar um segredo sequer de Andrew, e Carina sabia disso. Não tinha como esconder algo grande o suficiente, como Maya, dele, por isso sequer tentou.

- Sim.

- Você pode respondê-la depois. Agora, vai lá buscar outra rodada de bebida para nós dois. Amelia, Teddy e Owen chegam em cinco minutos, de acordo com a mensagem que acabei de receber.

Mesmo à contragosto, a italiana levanta de uma vez da mesa, bufando irritada enquanto levava os dois copos até o bar pouco movimentado.

Por ser dia de semana, o Joe até que não estava tão lotado assim, e ela agradecia internamente por isso. Nunca sentia-se à vontade cercada de muita gente.

- Com licença, um whisky e um vinho branco, por favor - pede ao barman, que logo afirma, recolhendo os copos de vidro para enchê-los novamente.

A morena encontra um banquinho livre, ali mesmo, em frente ao balcão, e resolve sentar-se um pouco, afinal de contas, ficar de salto o dia inteiro estava lhe matando os pés.

- Vinho branco em uma quarta-feira? O que você é? Contra cervejas?

Ela quase pula de susto ao ouvir a voz perto de si, seguido de um par de olhos claros que a fitavam com atenção, quase caçoando da mesma.

- Perdão? - a figura ri, passando as mãos pelos cabelos de forma galanteadora. Carina sequer notou.

- Não gosta de cerveja? Ou, não sei, whisky? - repete o questionamento, cruzando os braços.

A italiana arquea as sobrancelhas sugestivamente quando vê os olhos claros lhe examinando o corpo descaradamente, praticamente a comendo com os olhos. Ao invés de recuar, ela fez o mesmo, mordendo os lábios ao constatar a calça jeans apertada, a blusa verde e o casaco azul marinho que a mulher vestia. Ela era bonita, Carina não podia negar, mas seu coração estava preso demais à Maya para que pudesse notar um outro alguém.

- E você?

- O que tem eu?

- É contra vinho branco por quê? - mais uma risada que tirou da italiana um sorriso de lado e um friozinho na espinha.

- Nunca disse isso.

- Como eu também nunca disse que não gosto de cerveja.

- Touché - as duas trocam um sorriso rápido que logo foi quebrado pelo pedido da Deluca sendo colocado em sua frente - Parece que você tem que ir?

- Está carente assim para aceitar a companhia de uma estranha qualquer? - brinca, bebericando rapidamente um gole de seu vinho.

- Ah, pode apostar que estou.

Love me tenderOnde histórias criam vida. Descubra agora