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[14:03]
Nossa, sinto como se minha cabeça sido esmagada por um enorme caminhão de lixo.

[14:03]
Nenhum músculo parece funcionar.

[14:03]
Jeff está com fome e eu sequer consigo levantar para colocar comida para ela.

[14:03]
Eu sou uma fraude, Maya!

[17:37]
Hey, o que houve? Você está bem?

[17:37]
Sem cobranças, mas sinto sua falta.

[19:06]
Dia de folga?

[19:09]
Ok, agora só estou falando sozinha!

×

[13:04]
Tudo bem, Maya, eu acabei de sair de um parto de quase quatro horas, seria realmente legal ouvir alguma piada sua.

[13:04]
Até prometo nunca mais usar emoji, se você quiser.

[13:08]
Eu só...sinto sua falta.

[13:10]
Me contate quando puder, ok?

×

[23:09]
Ok, eu fiz algo de errado, sim?

[23:09]
Você precisa me dizer o que, porque eu tenho a memória do tamanho de uma azeitona! Sequer consigo lembrar o que almocei hoje.

[23:09]
Você prometeu, não prometeu?

[23:11]
Espero que esteja bem.

×

[08:03]
Dia de neve com Marina.

[08:03]
E mesmo assim não consigo ficar animada.

[08:04]
A princesa Maya também está conosco, brincando na neve.

[08:19]
Ficaria repetitivo se eu dissesse que sinto sua falta?

[14:49]
Quer saber? Dane-se!

[14:49]
Se você não me atender, juro que caço a droga do seu endereço até no inferno, se for preciso!

[Ligação - on]

- Eu, simplesmente não consigo acreditar que você me deixou falando sozinha por quase dois dias, Maya Bishop! Eu poderia ir caçar você só para acabar com a sua raça, garota!

- Ahn...Carina, não é?

- Certo, não nos falamos há três dias, mas isso não significa que você já conseguiu esquecer quem eu sou, Bishop - a italiana solta uma risada anasalada.

- Oh, eu esqueci! Culpa minha. Quem fala não é a Maya, eu sou a amiga dela, Victoria.

- Oh. Victoria?

- Sim, desculpe pela falta de educação.

- Não, eu...está tudo bem. Mas onde ela está? Estou tentando contatá-la há quase quatro dias, mas não obtenho resposta - seus batimentos aceleram ao ouvir a respiração pesada do outro lado da linha. Definitivamente, a primeira ligação não saira da forma como desejara - Victoria? Ainda está aí?

- Sim, estou, Carina.

- E então?

- Certo, ahn, preciso que fique calma, tudo bem?

- Não sei se você sabe, mas essa é a última coisa que você deveria falar para alguém que já está assustada o suficiente! - a italiana solta uma risada sem graça, passando as mãos pelos cabelos nervosamente.

- Maya não pôde respondê-la porque estamos no hospital agora.

- H-hospital? - ela cai sentada no sofá, arqueando as sobrancelhas como quem tenta saber se não entendeu a informação de forma errônea - Não estou entendendo, Victoria. Seja mais clara, por favor.

- Maya sofreu um acidente, Carina.

- Acidente? Céus, onde vocês estão? Digo, em qual hospital? Eu estou indo para...

- Oh, não! Não mesmo. De forma alguma.

- Scusa?

- Ela acordou há umas duas horas e a primeira coisa que me disse foi para não deixar você vir aqui de forma alguma. Sequer quis conversa, apenas disse que não queria você aqui.

- Me desculpe, mas Maya não deveria ter poder de fala nessa situação, Victoria! Ela está presa à um leito de um hospital.

- Eu não posso, Carina, sinto muito. Ela só não queria que você a visse do jeito que ela está agora, tudo bem? Principalmente sendo a primeira vez que vocês se veriam. Ela disse que só não seria uma apresentação agradável.

- Isso é tão injusto! Eu não ligo para essa merda, eu só quero ver como ela está. Só isso. Nada mais. Ela sequer tem a noção do quanto me deixou preocupada nesses três dias! Eu tenho a droga do direito de ir vê-la.

- Desculpe, Carina. Mesmo. Não sabe o quão difícil está sendo para mim também.

- Só...me diga como ela está. Como aconteceu esse acidente, como está o quadro dela? Eu só preciso aquietar um pouco o coração, Victoria. Me ajude ao menos nisso. Por favor - sua voz saía quase que em um apelo desesperado.

- Ela está bem agora, por isso que disse para você não se preocupar. Foi um acidente de carro. Não, ela não estava bêbada, muito pelo contrário. Estava atravessando a rua e um carro desgovernado a acertou. O motorista estava bêbado. O típico caso do estar na hora errada e no lugar errado.

- Oh mio!

- Pois é. Os ferimentos não são ruins, de acordo com o médico, só bem superficiais. Apenas um rostinho bonito com alguns arranhões e um pé engessado, ah, e muita morfina porque nossa garota é manhosa em certas ocasiões - Victoria solta divertidamente, tentando tirar ao menos um pouco da tensão instalada ali. A italiana apenas exala o ar pelos lábios, sentindo o coração ainda bater fora do ritmo.

Só a ideia de perder Maya lhe tirava o resto de ar. Não podia perdê-la. Não Maya.

- Eu só...me deixe saber quando ela puder pegar no celular novamente, tudo bem? Dessa vez, vou fazer questão de soltar todos os xingamentos que guardei durante esses dias.

- Pode deixar, madame. E, novamente, desculpe por tudo isso. Só estou seguindo o que minha amiga me pediu. Não podia descumprir um juramento, por mais bobo que pareça.

- Tudo bem, não é culpa sua. Eu entendo, de verdade. E obrigada por estar aí com ela. Não a deixe fazer bobagem novamente, tudo bem?

- Obrigada por ligar, Carina. Pode deixar que ela saberá assim que acordar.

- Tenha um bom dia, Victoria.

- Você também, Carina. Até.

Não esqueça de deixar a famosa estrelinha, me ajuda demais! Obrigada pela leitura :)

Love me tenderOnde histórias criam vida. Descubra agora