Conto de um Deus solitário

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No inicio, assim que a primeira estrela nasceu, surgiu com ela o primeiro traço de vida, seu nome era Hoffen.
Hoffen era quase um Deus, de imenso poder, um poder cobiçado por todos até hoje, o poder de criar coisas do nada. Porém, no incio Hoffen não estava ciente de seu poder, por isso ele vagou pelo espaço por um longo tempo, sozinho, até que um dia, assustado com um cometa que quase o acertou, ele descobriu que podia falar, porém, em vez de chamar por alguém de forma controlada, Hoffen gritou pelo cosmo em busca de algo ou alguém que preenchesse seu vazio, ele gritou tão alto e por tanto tempo, que caso algum ser o escutasse arrancaria as próprias orelhas em protesto, após mais alguns séculos proferindo gritos a inexistência, Hoffen se cansou. Foi apenas nesse momento que Hoffen descobriu seu grande poder. Ele observou ao seu redor e viu vazio, e alguns corpos celestes vagando sem rumo. Ele se levantou e começou a trabalhar em sua primeira criação. Ele criou um pequeno mundo e o chamou de “Império”. O Império era uma cidade com grandes muros dourados, criados com a única intenção de demonstrar grandiosidade e poder, e nele criou os Tenjis criaturas com asas cujas formas estão além da compreensão de qualquer mortal, Hoffen os deu livre arbítrio, e pediu para cada individuo ter seus próprios desejos. Assim que terminou, Hoffen observou sua criação com alegria, a qual não durou o tempo esperado, Deus percebeu que sua criação era perfeita de mais, pacifica de mais, e acima de todo o ignoravam, de alguma forma os Tenjis atingiram um ponto de “perfeição” que nem mesmo Deus conquistou. Deus cogitou destrui-los e começar novamente, porém, ele amava sua criação e não podia destrui-la do nada, Deus resolveu que apenas iria criar outros seres e manteria os Tenjis em paz.
Mais uma vez Deus pensou em sua criação, mas no lugar de criar um mundo, ele procurou o corpo celeste mais próximo, que séria capaz de proporcionar uma bela vida a sua criação, ele chamou o pequeno planeta de “Cidadela” e deu vários nomes as suas inúmeras criações naquele planeta, mas a única que Deus se sentia conectado era com os Humanos, isso deve-se ao fato de que no momento de sua criação Deus deu aos humanos defeitos, defeitos os quais Deus compartilhava com eles. Quando terminou, ele viu um contraste interessante, de um lado os Tenjis, seres perfeitos vivendo no Império, e do outro lado os Humanos, seres imperfeitos vivendo na Cidadela, porém, antes que Deus pudesse apreciar suas criações lado a lado, os Tenjis por conta de suas assas acabaram saindo do Império e atacando a Cidadela, foi sangrento. Hoffen assimilou que talvez o motivo do ataque poderia ser as imperfeições dos humanos. Assim que Deus chegou para impedir a morte de suas obras, ele viu que os Humanos conseguiam lutar contra os Tenjis, e estavam vencendo a batalha. Porém, ele teve que intervir, ele teleportou todos os Tenjis na Cidadela de volta para o Império, e enviou o Império para outra dimensão. Assim que o momento de caos cessou, Deus Hoffen finalmente pode apreciar sua criação, porém, desta vez ele sentia algo a mais pelos Humanos, e os abençoou com um conhecimento vasto, conhecimento que nem mesmo Hoffen tinha acesso completo.

Contos de uma melancólia infinitaOnde histórias criam vida. Descubra agora