Prólogo

232 28 9
                                    

A Luta contra si mesma sob a montanha.

Feyre P.O.V

A escuridão da cela, a umidade do frio que envolve meu corpo, o coração batendo na velocidade de uma flecha de freixo atingindo o peito do oponente, o som de qualquer que fosse não silenciava os clamores de uma mente ensurdecedora.
Eu já não aguentava mais, meu corpo já não obedecia meu cerébro direito, só havia dor cobrindo todo e qualquer milímetro do mesmo, meu braço em frangalhos por conta dos caprichos das tarefas de Aramantha, eu não sei o que mais me doía, as consequências dessas malditas tarefas ou o olhar vazio no rosto de Tamlim, eu me perguntava o que estaria se passando na sua cabeça, como ele se mantinha tão calmo com todos os acontecimentos desde que cheguei nessa corte. Eu preciso e vou vencer esse desafio, vou libertar Tamlim das garras de Aramantha.
Eu ainda não esqueci da ajuda que Lucien tinha me dado a alguns dias atrás, meu coração se apertava cada vez que eu penso se algo aconteceu a ele por essa ajuda. Eu mantinha a esperança de que ele pudesse continuar me ajudando sem que fosse pego pelos guardas ou por aquela mulher nojenta.
Meu braço continuava a latejar, mas eu me recuso a derramar mais uma lágrima e dar o gosto dessas pessoas em me ver sofrer. Enquanto a dor me consome, e eu tento me concentrar no enigma dado pela Amarantha, sinto uma presença surgir em meu lado e ouço aquela voz que mais tarde seria a minha âncora, a minha luz mesmo na escuridão.

- Olá Feyre, querida.

As estrelas que ouvem Onde histórias criam vida. Descubra agora